Cruzeiro do Sul, AC, 24 de novembro de 2024 06:49

Tradição da borracha é mantida por seringueiro do Acre que comemora do sucesso da atividade.

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Por Gledisson Albano

Na região do Valparaíso, na região do Juruá, no Acre, um dos poucos seringueiros que ainda extrai o látex das seringueiras é Antônio de Souza da Silva, de 64 anos. Morador na boca do rio Valparaíso, na foz do rio Juruá, Antônio Silva, trabalha com dois irmãos nas estradas que abriu na floresta.

Em entrevista, o seringueiro contou como é a rotina de trabalho, que começa às duas horas da madrugada e termina às quatro horas da tarde. Ele corta cerca de 400 quilos de borracha por ano, que vende por 13 reais o quilo. Antônio afirmou que a borracha vai para a China ou para a Venezuela, e que recebe um abono do governo do Acre pelo trabalho.

Também explicou como é o processo de produção da borracha, que mudou desde os tempos antigos. Agora, usa o leite de caxingulva, uma planta que coagula o látex, e uma prensa para fazer as pranchas de borracha. Disse que esse método é mais rápido e fácil do que o antigo, que usava fumaça para solidificar o látex. “É só botar o leite para colher e imprensar, aí imprensa na prensa, a gente faz prancha não é defumada que nem antigamente, que antigamente era defumada, agora é feito prancha”, disse.

O Silva contou que está feliz com a produção da borracha, que considera o melhor serviço que poderia fazer. Disse que a borracha está voltando a ser valorizada, e que se todo mundo se interessasse em cortar seringa, como antigamente, todo mundo teria o seu dinheirinho e ganharia muito dinheiro. “Nesse tempo que eu cortava seringa, de nove anos eu comecei a cortar seringa, nesse tempo não dava dinheiro não. Mas agora dá muito dinheiro e não empanca, não tem negócio de patrão, você tem vendedor certo é só chegar e entregar, aí já paga, tudo direitinho”, disse.