Com o objetivo de organizar e planejar ações voltadas à adoção de técnicas sustentáveis de produção, a fim de contribuir para a redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no setor agropecuário, por meio do plano ABC. Dessa forma uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seap) foi formada para que agricultores do Acre possam investir na produção de eucalipto e assim possam usufruir de recursos do Plano ABC do Ministério da Agricultura, o encontro aconteceu nesta terça – feira, 22, para organização de ações.
O secretário da Seap, José Reis, disse que a principal meta do Estado é sempre fomentar novos tipos de negócios no Acre.
“O produto eucalipto é uma cadeia muito viável do ponto de vista econômico. Outra vantagem dele é que podemos fazer o reaproveitamento das áreas degradadas de pastagem por exemplo. Indústrias que trabalham em sistema de caldeiras que usam biomassas para poder processar alimentos tem necessidade também desse tipo de produto. E por isso, não podemos continuar dependentes do Estado vizinho. Queremos unir a indústria, os produtores e o governo nesse projeto que se encaixa perfeitamente no Plano ABC do Ministério da Agricultura”, explicou Reis.
O superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Acre, Luziel Carvalho, enfatiza que o ideia central é continuar apoiando os negócios e incentivar a produção sem degradar o meio ambiente.
“Temos que pensar que da mesma forma que precisamos produzir para nos manter, precisamos também pensar em produzir sem denegrir ainda mais o meio ambiente. Essa é também uma forma de pensar nas gerações futuras, o Plano ABC entra justamente nesse processo de produção sem degradação. Por isso, esse dialogo e proximidade com a Seap tem sido muito produtivo. Temos mensurado que o Estado tem feito boas práticas, mas falta colocar isso no papel, para que possamos receber recursos do governo federal. Então nós entendemos que estamos no caminho certo. E que a parceria esta firmada. Estamos todos com muita disponibilidade de fazer o que for necessário para que o Acre não perca mais nenhum tipo de recurso. Queremos prestar nosso total apoio para incentivar ainda mais nosso meio produtivo”, disse Carvalho.
Financiamento
O Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) financiou contratos no total de R$ 12,5 bilhões desde o seu lançamento, em julho de 2010, até abril deste ano. Esse montante corresponde a 61% dos R$ 20,5 bilhões programados até julho de 2016 para crédito por meio do ABC. R$ 12,5 bilhões financiaram 27,5 mil contratos em quase todo o país nesse período. O valor médio dos contratos é de R$ 454 mil por produtor. A área brasileira ocupada com tecnologias do ABC soma 4,3 milhões de hectares.
As linhas de crédito mais procuradas são as de recuperação de pastagens degradadas (RPD), sistema plantio direto (SPD), florestas plantadas (FP) e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). O ABC também tem financiamento para sistemas agroflorestais, junto com a ILPF, tratamento de dejetos animais e fixação biológica de nitrogênio.
O Centro-Oeste, com R$ 3,2 bilhões, é a região com maior volume de crédito investido em tecnologias do ABC, entre janeiro de 2013 e abril deste ano. Depois, aparecem o Sudeste, com R$ 2,8 bilhões; o Norte, com R$ 972 milhões; o Sul, com R$ 963,2 milhões; e o Nordeste, com R$ 826,3 milhões.
Por Assessoria