O governo do Estado e parceiros como o Senai vêm se esforçando para recuperar jovens em conflito com lei recolhidos às unidades especializadas. Na quinta-feira, 5, mais 15 socioeducandos, internos no Instituto Socioeducativo Juruá (ISE), concluíram um novo curso profissionalizante, o de panificação, com duzentas horas/aula.
Na entrega dos certificados, era visível a satisfação dos formandos e de suas mães com o progresso dos filhos. O reeducando Artêmio Costa de Oliveira, 18, ficou dois anos internado. No período, além do curso de panificação, fez curso de confeiteiro e um curso bíblico.
Agora está em liberdade e pretende montar uma padaria na Vila Santa Luzia, onde mora, com a ajuda da mãe. “Agradeço a Deus e à direção do ISE que me deram esta oportunidade. Hoje sou uma pessoa regenerada e quero conviver com minha família. Ser uma nova pessoa na sociedade”.
Segundo diretor do ISE, Vanilson Barbosa da Silva, cinco dos concluintes do curso já estão em liberdade; os outros dez ainda continuam e em dezembro já iniciam novo curso. “Nossos adolescentes são privados apenas da liberdade, não de cursos profissionalizantes e escolarização”.
O diretor anunciou, ainda, que em dezembro começa um curso de técnico em segurança no trabalho, com dois anos de duração e com bolsa, ministrado pelo Ceflora, unidade educativa do Instituto Dom Moacyr.
A diretora do Senai Juruá, Ana Júlia Silva, explica que o ramo da panificação vem crescendo no Brasil: “O objetivo do Senai é preparar a mão de obra para o crescimento deste nicho de mercado”.
Por Flaviano Schneider