Por Agnes Cavalcante
Com o objetivo de dialogar com gestores, servidores da Saúde e demais atores envolvidos, visando contribuir com a elaboração do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde e Segurança da Trabalhadora e do Trabalhador do SUS (PNAIST), a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) realiza nesta quarta e quinta-feira, 13 e 14, em Rio Branco, uma oficina para discutir o tema.
A oficina faz parte da construção de uma das estratégias da PNAIST para o desenvolvimento da atenção integral à saúde das trabalhadoras e trabalhadores e para a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), que compreende uma rede de serviços de assistência e vigilância em saúde do trabalhador no âmbito do SUS e tem por objetivos ampliar o acesso e executar ações de promoção, proteção, prevenção e de vigilância em saúde, bem como na assistência especializada em saúde do trabalhador; estimular a articulação e a integração com as demais redes do SUS, qualificando as ações de saúde do trabalhador nos territórios. O principal componente da Renast é o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).
Flávia Ferreira de Souza, coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalhador na Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, no Ministério da Saúde, reforça que ouvir os atores envolvidos em todo o país é fundamental para a construção do programa.
“A gente também conta com outros atores como convidados para participar da construção do programa, visando ser uma construção democrática, participativa, coletiva, feita de forma ascendente, que escute tanto os trabalhadores da saúde, quanto os gestores, para que a gente possa priorizar as principais necessidades sobre o tempo e atender todo o Brasil, pois sabemos que cada território tem sua particularidade, como aqui no Acre, onde temos também o sistema dos trabalhadores do SUS, que atende esse subsistema, mas também tem outros serviços que compõem uma rede complexa de atenção à saúde, como, por exemplo, hospitais, clínicas, vigilância em saúde. Então, a gente pretende escutar os trabalhadores, os gestores, a academia, os sindicatos, as representações de trabalhadores”, esclarece Flávia.
Patrícia Satrapá, chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa da Sesacre e participante da oficina, avalia como fundamental o apoio que o Ministério da Saúde tem dado ao Acre. “Nós estamos tendo um apoio muito grande do Ministério da Saúde com essas iniciativas e essa oficina é crucial, porque ela olha para o trabalho, para a saúde e a segurança do trabalhador, para a gestão do trabalho, para o vínculo do trabalhador, então é muito importante, porque todo esse movimento de olhar para o trabalhador acaba levando o cuidado para quem cuida, gerando uma melhora no atendimento, e tudo isso acaba melhorando lá na ponta, que é a assistência, que é o nosso usuário. O foco de todo esse movimento é o usuário do SUS”, destacou Patrícia.
Além de servidores e gestores da Sesacre, a oficina conta também com representantes da Fundação Hospital do Acre (Fundhacre), do Conselho Estadual de Saúde do Acre (CISTT), do Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador do Baixo Acre, do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Acre (Sindifac) e do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Acre (SEE/AC). Também participam equipes de profissionais da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia.