Por Rebeca Martins
A Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) se reuniu com representantes de instituições de apoio às mulheres LBT+ (lésbicas, bissexuais e travestis) para tratar sobre os ciclos terapêuticos e políticas públicas voltadas a essa população, além do alinhamento para a atuação nos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, que inicia no dia 20 deste mês de novembro. O encontro aconteceu na manhã desta quarta-feira, 13, na sede da Secretaria da Mulher, em Rio Branco.
A secretária da Mulher em exercício, Joelda Pais, disse que esse é mais um passo para planejar, articular e colocar em prática as políticas públicas para mulheres LBTs, de forma integrada com as demais instituições. “Juntos vamos conseguir alcançar essas mulheres, divulgar nossos serviços e, agora, contemplálas com nossas atividades dos ciclos terapêuticos”, destacou.
Os ciclos terapêuticos já são desenvolvidos pela pasta com direcionamento às mulheres negras. Além de reuni-las, convidá-las para o diálogo, a troca de saberes e experiências, é ofertado atendimento psicológico de maneira coletiva e individual, com foco na perspectiva de gênero e etnia, incluindo mulheres transexuais e trabalhadoras domésticas.
Para ampliar esse programa a outros grupos de mulheres, com um trabalho especializado dentro das particularidades e necessidades delas, a Secretaria da Mulher propôs os Ciclos Terapêuticos para Mulheres LBTs. A articulação e parceria com as demais instituições culmina para o lançamento de mais uma das ações do projeto Sou A Travesti, Existo!.
A servidora do Ministério Público, Rubby Rodrigues, falou das vulnerabilidades das mulheres travestis e transexuais, que acontecem, muitas vezes, de forma estrutural na sociedade. Ela também ressaltou a importância das mulheres apoiarem uma às outras, independente de suas especificidades, e celebrou o encontro para tratar da temática. “A Secretaria da Mulher está de parabéns por oportunizar esse momento, porque é necessário”, disse.
Os Ciclos Terapêuticos para Mulheres LBTs serão desenvolvidos tanto na capital quanto nos municípios do interior, por meio dos centros especializados de Atendimento à Mulher do Alto Acre e Juruá (CEAMAA e CEAMJU).
Participaram representantes da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), do Ministério Público do Acre (MPAC), da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) e demais autoridades com atuação com o grupo LBT+ (lésbicas, bissexuais e travestis).
Fonte agencia.ac.gov.br