Por Maria Luiza
A intensa seca que afeta o Rio Juruá está criando sérios desafios para os trabalhadores dos barcos que fazem a travessia entre o Cruzeiro do Sul e Ipixuna. A situação é particularmente mais crítica na localidade do Boa Fé, onde o nível da água está extremamente baixo. Devido a essa redução, muitos trabalhadores são forçados a retirar mercadorias dos barcos para conseguir navegar pelos trechos mais rasos e continuar a viagem.
Para os trabalhadores, a dificuldade é agravada pela falta de previsibilidade nas viagens. Embora tenham horários definidos para a partida, não há garantia quanto à data de chegada. O trajeto, que normalmente leva poucos dias, pode se estender por mais de cinco dias devido às condições adversas, resultando em uma navegação lenta e cheia de desafios. Muitos passageiros, descontentes com as longas esperas e as dificuldades, acabam desistindo da viagem e optam por alternativas mais rápidas, como lanchas ou pequenas embarcações.
Essa situação reflete o impacto severo da seca na navegação fluvial, afetando não apenas o transporte de mercadorias, mas também a experiência e a segurança dos passageiros. A falta de água suficiente está forçando todos os envolvidos a enfrentar dificuldades extraordinárias, destacando a necessidade urgente de soluções para mitigar os efeitos da seca na região.