Por Gledisson Albano
Devido a seca extrema, que afeta os principais rios do Acre, a entrega de merenda escolar nas comunidades ribeirinhas está sendo afetada. Escolas situadas ao longo do Rio Juruá, dependentes do transporte fluvial para receberem alimentos, enfrentam dificuldades logísticas. A situação exige soluções alternativas, como o uso de transporte terrestre para garantir que os estudantes não fiquem sem refeição para não afetar o seu aprendizado.
Com a estiagem e seca intensificada no estado do Acre, o acesso fluvial às comunidades ribeirinhas fica comprometido. James Rocha, coordenador do Departamento de Merenda Escolar de Cruzeiro do Sul, explica que, enquanto no período de inverno as entregas ocorrem de forma mais eficiente devido ao maior volume dos rios, no verão a seca impede que até mesmo canoas pequenas alcancem as escolas. Nessas situações, é necessário arrastar as embarcações por vários dias para fazer a entrega, ou recorrer a veículos terrestres como caminhonetes e quadriciclos.
Diante da complexidade do acesso e das dificuldades enfrentadas nas áreas ribeirinhas do Juruá, além das limitações na estrutura das escolas, é essencial que os alimentos destinados à merenda sejam enlatados e não perecíveis. Isso garante que a merenda chegue em boas condições, mesmo nas situações mais adversas, para garantir uma boa alimentação para os estudantes.
“Os alimentos que enviamos às escolas rurais são adequados para essas condições, com produtos básicos e não perecíveis que podem suportar longas jornadas e o armazenamento em ambientes não refrigerados”, acrescenta James Rocha. Apesar de todos os desafios, a equipe de logística continua a trabalhar incansavelmente para que a merenda escolar chegue a todas as escolas, garantindo que os alunos não fiquem sem a refeição necessária.”