Autor do disparo tem passagem policial por homicídio, tentativa de homicídio e tráfico de drogas.
Em frente à Delegacia Geral da Polícia Civil de Cruzeiro do Sul (AC), o final da manhã desta quinta-feira, 8, foi marcada por tumulto, revolta e gritos de justiça por familiares e amigos do policial militar, Marcos Roberto Araújo Nascimento, morto no assalto à casa do empresário João Célio Gonçalves Gaspar, na chegada ao município, do comboio policial conduzindo os seis principais suspeitos presos em Rio Branco pelo envolvimento e participação no crime.
Logo na entrada, ainda na via que dá aceso a delegacia, com a chegada das viaturas, uma multidão, inclusive familiares da vítima, se aproximou dos veículos na tentativa de linchar os envolvidos. Para conter a ação violenta das pessoas, os policiais utilizaram spray de pimenta, o que permitiu a condução dos suspeitos à delegacia.
Durante uma coletiva da Polícia Civil e Polícia Militar à imprensa, os seis suspeitos, foram apresentados. Entre eles, uma mulher de 48 anos, natural de Tarauacá, que já havia cometido, há alguns anos, um homicídio. Dos seis, cinco têm passagem pela polícia.
Na apresentação, João Victor Ferreira da Silva, natural de Feijó, contou que morou em Campo Grande-MS, onde começou sua vida criminal. Ele confessou ser o responsável pelo disparo que atingiu e matou o Sargento Araújo. Sua passagem pela polícia vai desde o homicídio, tentativa de homicídio e tráfico de drogas.
O delegado, Nilton Boscaro, diretor de polícia da capital e do interior, destacou o trabalho eficiente do trabalho integrado das equipes que compõe a Segurança Pública do Estado. “O sucesso da operação se deu pelo grande número de homens empenhados (aproximadamente 120) numa ação integrada e exitosa, conciliando um excelente trabalho de campo da polícia militar, e de inteligência da policia civil, foi de fundamental importância para prender toda uma quadrilha especializada em diversos crimes, especialmente em assalto”, contou Boscaro.
De acordo com a polícia, dentre as pistas deixadas pelo bando, às câmeras de segurança da casa do empresário, de outras residências, estabelecimentos próximos ao local onde aconteceu o crime, e de outros pontos estratégicos da cidade, foram de fundamental importância na identificação e localização dos suspeitos.
Ainda, nesta quinta feira, os presos serão ouvidos e posteriormente encaminhados ao presídio do município, Manoel Nery. Para o delegado responsável pelo caso, Luís Tonine, a sensação é de dever cumprido. Quanto aos detalhes da participação de dos envolvidos no crime, o delegado preferiu não expor ainda. De acordo com ele, as investigações continuam, e não rejeita a possibilidade de mais pessoas envolvidas.
Família inconsolada pede justiça
Os familiares inconsolados e revoltados, ao saberem da transferência dos presos para o município, na manhã da quinta-feira (08), aguardavam desde cedo no lado de fora da delegacia. Vestidos com camisas, tendo estampada a foto do Sargento Araújo, clamavam por justiça, e pediam a pena máxima para os culpados pela morte do familiar. Para eles, os detidos em Rio Branco devem cumprir pena em Cruzeiro do Sul, cidade onde o crime aconteceu.