Cruzeiro do Sul, AC, 23 de novembro de 2024 17:19

Reeducandos da Unidade Penitenciária de Cruzeiro do Sul trabalham na marcenaria do presídio

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O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) desenvolve muitos projetos de ressocialização no Complexo Penitenciário Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul. Entre eles, se destaca o trabalho realizado na marcenaria do presídio. São 65 homens privados de liberdade trabalhando em diversas áreas de produção. Desses, 3 trabalham na marcenaria. Eles constroem móveis, portas, itens de decoração, utensílios, entre outros.

Reeducandos da Unidade Penitenciária Manoel Neri produzem móveis e decorações na marcenaria do presídio. Foto: Zayra Amorim/Iapen

O trabalho realizado pelos reeducandos na marcenaria, além de ajudar na remissão da pena, já que a cada 3 dias trabalhados, eles ganham 1 dia de remissão, também dá uma nova perspectiva de vida: podem sair do sistema penitenciário profissionalizados e com experiência, pois lá têm a oportunidade de aprender um novo ofício.

Detentos da Unidade Penitenciária de Cruzeiro do Sul fabricam móveis em madeira. Foto: Zayra Amorim/Iapen

J. N. M. é um desses homens e começou a trabalhar como marceneiro da unidade Manoel Neri há 1 ano e meio. Antes, ele fazia o artesanato com marchetaria, agora trabalha fabricando móveis e decorações. “Eu estou [aqui] há quatro anos, mas trabalhando como marceneiro mesmo, eu estou há um ano e seis meses. Eu adoro fazer isso aqui, trabalhar. E aqui foi uma oportunidade que chegou”, explica.  Ele conta, ainda, que tem planos de abrir um negócio quando voltar à sociedade: “É isso que eu quero. Meu sonho é montar um pequeno negócio, ver se o Sebrae dá força aí para poder começar”.

Marcenaria da Unidade Penitenciária Manoel Neri em Cruzeiro do Sul. Foto: Zayra Amorim/Iapen

O chefe de Divisão de Estabelecimentos Penais de Cruzeiro do Sul, Elves Barros, explica que, além da marcenaria e construção de móveis, os detentos aprendem a fazer a marchetaria. “Aqui nós temos a oficina de trabalho da marcenaria, onde os detentos trabalham os móveis de forma artesanal. Temos os nossos equipamentos aqui e as peças produzidos na nossa unidade são vendidas ou doadas para os órgãos do Estado”.