Da Redação
Anualmente a Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de Cruzeiro do Sul realiza palestras para os fiéis. O tema escolhido para esse ano, na congregação do Distrito 25 de agosto, foi “Quebrando o Silêncio”, com as palestrantes Maria José Francalino e Aline Fernanda Sampaio.
“Esse projeto acontece todos os anos buscando sempre ajudar a população em relação ao tema daquele ano. Neste ano trazemos esse tema que tem a ver com violência em maternidade. Foram duas palestrantes falando da importância de termos esse conhecimento para evitarmos algumas situações difíceis que as mulheres podem passar no âmbito hospitalar”, explica o pastor da IASD, Alican Lira de Lima.
Com faixas escritas frases de manifestação como “Toda gestante deve ser ouvida” e “Proteção a quem gera uma vida”, após a palestra alguns fiéis realizaram uma mobilização no entorno do templo entregando vários livros sobre o tema do evento.
Aline Sampaio, uma das palestrantes, é enfermeira especializada na área obstétrica, ela conta que, infelizmente, a violência obstétrica é muito presente na vida das mulheres em todo o período gestacional. “Pode acontecer durante a assistência pré-natal através dos repetidos toques, durante o parto quando a mulher é desrespeitada, na assistência ao abortamento e no puerpério”, disse.
Ainda segundo Sampaio, trabalhar a violência obstétrica é necessário para quebrar esse ciclo que acontece desde o início da gestação. “A estratégia da Igreja Adventista surge como um ponto crucial para tentarmos quebrar esse ciclo, porque na nossa região temos um elevado número de relatos dessa violência”, destaca.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado violência obstétrica desde abusos verbais, restringir a presença de acompanhante, procedimentos médicos não consentidos, violação de privacidade, recusa em administrar analgésicos, violência física e outros.