Manifestações artísticas para comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra. Com atividades realizadas no Cacimbão da Capoeira e na Usina de Artes João Donato, nesta segunda-feira, 20 de novembro, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da secretaria Adjunta de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEADPIR), celebra a passagem da data como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. No Cacimbão, a partir das 17 horas, haverá um sarau artístico com capoeira, dança e música. Já na Usina de Artes, às 19 horas, As Moças do Samba apresentam o show África Canta Xirê!
A programação, iniciada no dia 1º de novembro, prossegue até o dia 30, com desfile da beleza negra, marchas, capacitações, feiras e saraus. Um dos objetivos, segundo a secretária Elza Lopes (SEADPIR), é “fazer o negro se reconhecer negro e, a partir daí, buscar as políticas públicas. Queremos que o negro se empodere e busque elevar sua autoestima”. Elza cita como um dos avanços da luta por uma sociedade mais igualitária a Lei de Promoção da Igualdade Racial, proposta pelo Executivo municipal, aprovada recentemente, em setembro deste ano, na Câmara de Vereadores de Rio Branco.
Outra meta desse mês é dar visibilidade à campanha desenvolvida pelo Sistema ONU Brasil, que lançou no Mês da Consciência Negra de 2017 a campanha nacional “Vidas Negras”, que busca ampliar, junto à sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais, a visibilidade do problema da violência contra a juventude negra no país. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), de cada mil adolescentes brasileiros, quatro serão assassinados antes de completarem 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos. Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida e um futuro cancelado.
O Brasil está entre os 193 países que se comprometeram com a agenda 2030 de desenvolvimento sustentável, tomado a decisão de não deixar ninguém para trás. Se o racismo tem deixado os jovens negros para trás, ele precisa ser enfrentado. “Vidas Negras” é um convite aos brasileiros para entrarem no debate e promoverem e apoiarem ações contra a violência racial.
Da Assessoria
Fotos Marcos Vicentti/Asscom