Por Leandro Altheman Lopes
Neste sábado (30) uma das atrações do Festival da Farinha foi a escolha da mandioca mais pesada, da mas comprida, da maior tapioca, do melhor prato derivado da macaxeira e da melhor farinha. Os vencedores do concurso levaram uma premiação de R$ 4,5 mil ofertada pela prefeitura.
Produtores de diversas comunidades rurais se apresentaram para participar da disputa e teve torcida para cada concorrente que caprichou na produção dos alimentos. Após uma avaliação apertada pelos jurados, a agricultora Elizangela Souza, do Ramal do Pentecostes, venceu o prêmio do melhor prato derivado da mandioca. Ela concorreu com o bolo de goma.
“Estou realizada por conseguir mostrar o produto da nossa agricultura porque vivemos dela e um momento desses é especial para nós. Na realidade eu já fazia esse bolo em casa, mas nunca vendi e o segredo para agradar as pessoas é fazer com muita dedicação”, afirmou a agricultora.
O prêmio da maior mandioca também foi para a comunidade do Pentecostes. O produtor rural José Oliveira do Nascimento, o Zeca, esposa de Elizangela, apresentou no concurso uma macaxeira de 1,8 m.
“Já vínhamos nos preparando para esse concurso e temos uma equipe que consegue desenvolver uma mandioca dessa em 8 meses. Fazemos o melhoramento da mandioca por meio de um modelo conservacionista que não precisa queimar o terreno para plantar. Com isso, conseguimos produzir mais em uma menor área de terra preservando o meio ambiente. Estamos felizes porque nosso trabalho tem dado frutos e por termos vencido esse concurso”, declarou o produtor.
Já a mandioca mais pesada veio do Ramal 03 da Vila Santa Luzia. O agricultor João Cambão foi quem apresentou a raiz que pesou 11,5 quilos.
“É uma grande satisfação para mim. Eu via essa macaxeira no meu roçado e acreditei que ela poderia vencer como a maior e não deu, mas foi a mais pesada. Um evento como esses valoriza e incentiva a gente a produzir mais”, avaliou Cambão.
A maior tapioca mediu 01 metro de diâmetro e foi produzida no local do festival por moradores do Pentecostes. O último prêmio da noite foi conquistado pelo agricultor Leônidas Costa da comunidade Belo Jardim que teve sua farinha escolha como a melhor apresentada no festival.
“Estou feliz. É um privilégio em participar e ganhar esse prêmio. O segredo para produzir a farinha de qualidade é fazer com muito carinho, com muito amor. Isso desde de criança que fazemos e sempre com muito esforço. Damos o nosso melhor”, disse Leônidas.
Para o prefeito Zequinha Lima o concurso representa a valorização do produto que contribui com a maior parcela da economia, não apenas de Cruzeiro do Sul, mas de toda região do Juruá.
“Somos os principais produtores de farinha de mandioca do mundo e temos orgulho disso porque vemos a cada dia nosso produto sendo valorizado. Hoje, já temos o selo de qualidade o que é importante para que possamos ampliar nossas exportações e aumentar a renda para melhorar a qualidade de vida dos nossos produtores. O festival da farinha tem essa possibilidade, de ampliar as oportunidades para quem produz e esse concurso é uma forma de reconhecimento pelo trabalho dos agricultores do nosso município”, garantiu Zequinha