Danças, Músicas e Brincadeiras marcaram o Dia do Índio na Aldeia Katuquina, em Cruzeiro do Sul. O prefeito em exercício, Zequinha Lima, acompanhado da Secretária Municipal de Cultura, Dayana Maia, participou da comemoração, que aconteceu na própria aldeia, localizada na BR-364. A atividade iniciou com uma solenidade na Unidade de Básica de Saúde do lugar, em seguida os índios realizaram diversas brincadeiras e jogos culturais. O evento contou ainda com a participação da coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Juruá (Dsei), Milena Lopes, além de outras autoridades.
Para o líder indígena, Fernando Katuquina, a comemoração do dia do índio é um momento especial para toda comunidade, uma vez que nesta data relembram as batalhas que tiveram que travar para obter os direitos alcançados, e as lutas que ainda precisam continuar contra o preconceito. Ele ressaltou a importância de manterem as tradições e costumes, em especial a língua indígena, mesmo com a proximidade da aldeia da área urbana.
“Sabendo que hoje ainda encontramos muito preconceito, nós somos um povo diferente, falamos diferente, temos alimentação diferente, e esperamos apenas o respeito, principalmente da nossa língua. Hoje estamos praticando nossas atividades culturais, como dança, cantoria, uso de rapé, e outras medicinas naturais. Os nossos antepassados viviam da pesca, da seringa, e hoje é muito diferente, temos as escolas , temos posto de saúde, mas nem por isso vamos deixar de lado nossa cultura, pinturas e tradições”, relatou.
O prefeito em exercício Zequinha Lima, enfatizou que o município conta atualmente com políticas públicas voltadas especificamente para área indígena. Segundo é importante a relação entre indígena e poder público municipal, para cada vez mais estreitar a relação com esses povos.
“Foram anos e anos em busca desta conquista e a cada dia que passa se conquista ainda mais direitos para essa classe tão importante para nossa cultura acreana e para nossa cultura de Cruzeiro do Sul. A distância entre as aldeias indígenas e a cidade encurtaram muito, o que facilitou o acesso, as escolas chegaram, o branco se interessou muito mais pela cultura indígena, e hoje a gente consegue se comunicar com muita facilidade”, finalizou.
Assessoria