Por Assessoria de Comunicação
O prefeito Zequinha Lima participou na manhã deste sábado, 27, da cerimônia de assinatura da ordem e serviço para o início da construção do Complexo Industrial do Café. Situado em Mâncio Lima, onde está a maior parte dos produtores de café da região, o Complexo vai beneficiar igualmente os produtores de Cruzeiro do Sul, onde o plantio de café aumentou mais de 1.300% com os incentivos da gestão de Zequinha, passando de 70 mil para mais de 900 mil pés.
O Complexo Industrial do Café surge como uma iniciativa estratégica para potencializar a cadeia produtiva do café na região, impulsionando a produção, industrialização e comercialização do produto. A unidade, que custará R$ 6 milhões será erguida com recursos do Governo Federal por meio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Cooperativa de Produtores de Café do Juruá (Coopercafé).
Em sua fala, o prefeito Zequinha Lima destacou a coragem dos pioneiros da cafeicultura e do atual presidente da Coopercafé, Jonas Lima. Explanou sobre o crescimento da cultura em Cruzeiro do Sul e anunciou investimentos para a cafeicultura do município.
“Nós temos vários cafeicultores produtores que são de Cruzeiro do Sul, sócios da Coopercafé. Estamos trazendo as pessoas para fortalecer esse trabalho. Quando assumimos em 2021, eram somente 70 mil pés de café plantados. Através de um programa de três anos atrás, começamos a investir e dar apoio, colocar equipamentos à disposição dos produtores. Em 2022, plantamos 405 mil pés de café. No ano seguinte, plantamos mais 450 mil. Em 2024, vamos chegar a 928 mil pés plantados e também damos assistência. Estão previstos investimentos de 3 milhões e meio, sendo R$2 milhões de emenda da Perpétua, R$400 mil do deputado federal Zezinho Barbary e R$1 milhão do Senador Alan Rick. Recursos que estarão em breve à disposição dos produtores de café de Cruzeiro do Sul e região. Em breve, Cruzeiro do Sul será autossuficiente na produção de café. Aqui nesse complexo serão instalados equipamentos que vão servir aos agricultores, levar um apoio para instalar no polo industrial, para instalar fornos e ajudar os pequenos produtores. Este investimento é para criar uma área e local que possa ser mais próxima dos produtores, para que eles possam utilizar no dia a dia”, pontuou Zequinha, que agradeceu pelos recursos do governo federal, através do Ministério da Agricultura, para a construção do Complexo e o avanço da cafeicultura na região do Juruá, com destaque para a participação da ex-deputada Perpétua Almeida. Atualmente ela é diretora da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI.
“Espero que seja mais uma cultura que se agrega e agora, com esse complexo industrial, você organiza mais e coloca novas tecnologias. A farinha vai seguir sendo a melhor farinha do Brasil. E agora o café quer ocupar também esse espaço. Já temos algumas produções muito importantes no Acre, como Assis Brasil, Porto Acre, Acrelândia. E eles querem que a agência do governo do presidente Lula, do governo federal, da ABDI, chegue nessas regiões. A gente só consegue chegar em todas esses locais se a gente estiver junto com a Coopercafé, com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Se a gente estiver junto aqui com o Governo do Estado, com as prefeituras, aí eu acredito que isso é possível”, pontuou Perpétua Almeida.
A construção do Complexo Industrial do Café será feita em três etapas, sendo a primeira a construção do galpão com aproximadamente 1.000m2 de área, erguido em em terreno adquirido pela Coopercafé, no valor de R$ 1,7 milhão. A segunda etapa prevê a aquisição de equipamentos para a usina de beneficiamento, com investimento de R$3,5 milhões. A terceira fase do projeto é a construção da Usina Solar Fotovoltaica, contrapartida da Coopercafé, com investimento de R$ 740 mil.
A previsão de conclusão da obra é de 90 dias. Pelo cronograma de execução do projeto, até o mês setembro deste ano a indústria estará em pleno funcionamento.
A Coopercafé foi fundada em 2021, atualmente a cooperativa tem 110 cooperados e já tem 1 milhão e 800 mil pés de café plantados, em 549 hectare de terra.
A previsão de colheita do café em 2025 é de 43 mil sacas de café de 60 quilos, que serão beneficiados nesta indústria, o que deve movimentar mais de R$ 30 milhões na economia regional.
” Sem a indústria não tem mais como secar e descascar tanto café. Pra se ter uma ideia do salto que vamos dar, para este ano a previsão é de ter 9 mil sacos de café e no próximo ano, serão 43 mil sacos. Isso deve movimentar mais de R$30 milhões na economia local no próximo ano. Serão gerados 5 mil empregos”, relata o presidente da Coopercafé, ex deputado estadual Jonas Lima.
O evento em Mâncio Lima contou com a presença de autoridades locais, representantes do setor cafeeiro, empresários e demais parceiros envolvidos no projeto. Durante a cerimônia, foram destacados os benefícios esperados com a implementação do Complexo Industrial do Café, que incluem o aumento da produção, a agregação de valor ao produto, a diversificação da economia e a promoção da sustentabilidade.
O governador Gladson Cameli destacou a diversificação agrícola em Mâncio Lima, tornando-se a capital do café, impulsionando a economia e preservando o meio ambiente.
“Você vê no semblante das pessoas a determinação que elas têm de plantar, e isso vai aquecer nossa economia, criar oportunidades e ainda ajudar o meio ambiente. A agricultura familiar oferece condições para evitar reforços de incêndio, queimadas ilegais e a legalização cada vez maior da plantação, incentivando a plantação de café em nosso estado. Eu não tenho dúvida. A estrada já está construída, e aqui vai se tornar a capital do café, porque tem um povo determinado, e o governo vai contribuir em tudo o que estiver ao nosso alcance, para que possamos deixar trabalhar quem quer trabalhar dentro da legalidade, em um negócio sustentável, fortalecendo a economia e gerando emprego e renda para o nosso povo”, relatou.
Estiveram presentes na assinatura da Ordem de Serviço em Mâncio Lima, o prefeito do município, Isaac Lima,de Rodrigues Alves, Jailson Amorim e de Feijó,Kiefer, o diretor da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – Anater, Camilo Capeberibe, representando o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – MDA,os deputados estaduais Edvaldo Magalhães e Nicolau Júnior, o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Acre, Ronald Polanco Ribeiro, o Secretário de Estado de Agricultura, José Luís Tchê, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Acre – OCB, Valdemiro Rocha, representante do Sindicato das Indústrias do Café do Acre, empresário Beto do Café Contri.