Maria Oliveira da Silva, de 61 anos, moradora da comunidade do Rio Liberdade, na BR-364, que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul (AC), teve cerca de 50% do seu corpo queimado ao manusear gasolina há alguns meses atrás. A idosa ficou mais de um mês internada no Hospital Regional do Juruá. Há 20 dias de liberação médica a idosa não recebe atendimento em Unidade Básica de Saúde por que falta material para a realização do processo. Na manhã da segunda-feira (27), a sobrinha de dona Maria Oliveira, Roselina França, procurou atendimento médico para tia no posto de saúde Geosete Marinho, no bairro do Cruzeirinho, na zona urbana da cidade na intenção de fossem feitos os curativos na sua tia, mas teve atendimento negado pela equipe da unidade que alegou falta de material para realizar o procedimento.
“Eu pedi para algum enfermeiro ir na minha casa para realizar o curativo na minha tia devido o fato de ela não poder se locomover.Eles informaram que seria necessário falar primeiro com a coordenadora da unidade. Eu voltei para casa na esperança de que tudo seria resolvido, e fiquei esperando, então resolvi ligar para o posto. A moça me informou que a coordenadora ainda não havia chegado, e eu pedi pelo menos uma cadeira de rodas para poder levá-la até o posto.Quando chegamos ao posto ela explicou que não continha material, pomada para queimadura, atadura, não tinha nada. Ela ligou para os outros postos mas em nenhum foi encontrado o material. Ela pediu para voltar amanhã, mas eu precisaria para hoje, pois os ferimentos dela estão expostos”, destaca.
A direção da Unidade Básica de Saúde do Cruzeirinho confirmou a falta do material. De acordo com Edir Nascimento, coordenador da atenção básica, os insumos já foram comprados havendo agora a demora na entrega pelas empresas ganhadora das licitações. Segundo ele a idosa será atendida ainda hoje.
“Essa paciente não foi atendida naquela unidade pois não disponibilizamos o material necessário para esse procedimento, no momento. Em caso de queimaduras de segundo e terceiro grau são materiais que possuem apenas em unidades hospitalares. Podíamos ter , mas estamos em falta por enquanto. Nós temos o programa melhor em casa, e não fomos informados sobre essa paciente. Ela precisa desse atendimento domiciliar, mas teria sido necessário a unidade hospitalar nos informar com antecedência”, finaliza.