Por Marcelo Torres
Na manhã desta sexta-feira, 28, a direção-geral de Polícia Civil do Acre (PC/AC), juntamente com o Departamento de Polícia Técnica Científica (DPTC), concedeu uma coletiva de imprensa para prestar esclarecimentos sobre os recentes episódios ocorridos no Presídio Antônio Amaro, em Rio Branco.
Segundo as autoridades, ocorreram cinco homicídios nas dependências da unidade prisional, bem como diversas lesões corporais. Em resposta a esses eventos trágicos, a PC/AC instaurou dois inquéritos policiais para apurar os fatos.
“O primeiro inquérito terá o objetivo de investigar os homicídios e as lesões corporais, buscando responsabilizar os envolvidos por esses crimes. Já o segundo inquérito focará em apurar as circunstâncias que levaram a essa situação, investigando se houve facilitação por parte de agentes públicos na ocorrência dos incidentes”, explicou o delegado-geral da PC/AC, José Henrique Maciel.
De acordo com o diretor do DPTC, Mário Sandro Martins, para realizar as investigações e perícias necessárias, a equipe de trabalho contou com a participação de 10 peritos criminais, três médicos legistas, além de oito agentes de polícia e sete auxiliares de necropsia. “Os trabalhos foram minuciosos e se estenderam até a quinta-feira, 27, por volta das 22h, quando os corpos das vítimas foram liberados para as famílias”, informou.
O diretor do IML, Ítalo Maia Vieira, diz que foi feito um trabalho minucioso nos exames cadavéricos e de corpo de delito aos presos e no policial penal que foi feito refém. “Dos cincos corpos, três estavam decapitados. É importante salientar que não houve nenhum órgão retirado, como foi noticiado em redes sociais”, disse.
A perícia tomou conta de toda a unidade prisional para investigar os eventos, abrangendo também a averiguação de danos ao patrimônio. Todos os detalhes coletados durante o processo de apuração serão apresentados à Justiça para embasar o devido processo legal.
Fonte agencia.ac.gov.br