Por Marcelo Torres
A Polícia Civil do Acre (PCAC) marcou presença na quarta-feira, 31, no 3º Seminário Integrado dos Operadores do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, promovido pelo governo do Acre, Conselho Estadual de Direito da Criança e do Adolescente, Escolas de Conselhos do Acre e Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. Com o tema “34 anos do ECA: avanços, limites e políticas de atendimento dos direitos humanos de crianças e adolescentes”, o evento foi realizado nos dias 30 e 31 de julho, no Teatro da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.
A delegada titular da Delegacia de Atendimento à Criança e Adolescente Vítima (Decav), Carla Fabíola Coutinho, participou do painel integrado “Desafios quanto à rede de cuidados e de proteção social das crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência no Acre: Lei nº13.431/2017”. Em sua apresentação, abordou de forma abrangente as funções desempenhadas pela Decav, explicando detalhadamente o fluxograma de atendimento às vítimas de violência e abuso sexual. Destacou a importância do processo inicial de atendimento na delegacia como uma etapa crucial para a promoção da justiça e apoio às vítimas, tanto na capital quanto no interior do estado.
“É essencial compreendermos o papel primordial da Decav no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Nosso trabalho vai além da investigação, estamos aqui para proporcionar um atendimento humanizado e acolhedor desde o primeiro momento. O fluxo de atendimento que seguimos é desenhado para minimizar o trauma das vítimas e garantir que recebam o suporte necessário. Destaco, ainda, a importância da sociedade em nos ajudar nesse combate, realizando denúncias e confiando nas autoridades competentes para a proteção de nossos jovens”, disse.
A psicóloga Fernanda Mesquita, membro da equipe multidisciplinar da Polícia Civil, também contribuiu para o painel. “A escuta especializada é um componente crucial no processo de atendimento às vítimas de violência, permitindo-nos compreender as necessidades e experiências das crianças e adolescentes de maneira sensível e empática. Nosso objetivo é oferecer um espaço seguro onde possam expressar seus sentimentos e relatar o ocorrido sem medo. Cada detalhe revelado durante a escuta é fundamental para a investigação e para o cuidado psicológico e social subsequente. É nosso dever garantir que, além da Justiça, essas vítimas recebam o apoio necessário para sua recuperação e bem-estar”, enfatizou.
O painel contou ainda com a presença de outras autoridades, incluindo as juízas Andréa Brito e Isabelle Sacramento, o promotor de Justiça Francisco Maia e o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Cláudio Vieira. O evento proporcionou uma plataforma de discussão e troca de conhecimentos sobre os desafios e avanços na proteção dos direitos das crianças e adolescentes no Acre.
Fonte agencia.ac.gov.br