Por Gledisson Albano
Na manhã de hoje, a Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, sob a coordenação do delegado Renan Santana da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEMPCA), deu início a uma operação visando coibir delitos de estupro, com foco especial no estupro de vulnerável, onde as vítimas são menores de 14 anos. A ação resultou na prisão de três acusados, dois na zona urbana e um na zona rural da cidade.
De acordo com o delegado Renan Santana, as vítimas são crianças e adolescentes, e os agressores são pessoas próximas, geralmente integrantes do núcleo familiar ou indivíduos que frequentam as residências das vítimas. As denúncias, em muitos casos, foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar, que formalizou as situações, possibilitando o início das investigações. Durante o processo, foram realizados exames periciais e ouvidas testemunhas, culminando na representação judicial pela decretação das prisões para assegurar a proteção das vítimas e a garantia da ordem pública.
Em linhas gerais, dois dos casos envolvem padrastos que abusaram sexualmente das vítimas, enquanto o terceiro caso refere-se a uma pessoa com acesso ao ambiente familiar da vítima. Os abusos ocorriam quando as vítimas estavam desprotegidas, sem a presença de outras pessoas, permitindo a prática de atos libidinosos e conjunção carnal. Em uma das situações, foi constatado que uma das vítimas estava grávida, possivelmente do agressor.
O delegado destacou que, nos últimos 30 dias, a Polícia Civil efetuou a prisão preventiva de pelo menos cinco abusadores de crianças e adolescentes na cidade, como parte das ações do “Maio Amarelo”, campanha voltada ao enfrentamento da exploração sexual. As investigações frequentemente encontram obstáculos devido ao trauma das vítimas e às ameaças feitas pelos abusadores, que retardam as denúncias. No entanto, todos os casos são tratados com a seriedade necessária para apurar a verdade e responsabilizar os culpados.
As famílias têm a obrigação de denunciar tais abusos, e, em caso de omissão, podem responder criminalmente. Nos casos recentes, as famílias, ao tomar conhecimento dos abusos, procuraram imediatamente a polícia, que prestou atendimento psicossocial e de saúde às vítimas.
Os três acusados presos serão submetidos à audiência de custódia para avaliação da legalidade das prisões e determinação da necessidade de manutenção da detenção.