Empresário Marcio Augusto Pimenta morreu na última quinta (21).
Ele estava internado no Hospital das Clínicas. Causa da morte não foi dita.
O empresário Marcio Augusto Pimenta, de 23 anos, que ocupava o banco do carona do Camaro destruído em um acidente na Marginal Pinheiros no dia 12 de maio, morreu na última quinta-feira (21), segundo informações da assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas.
O hospital não informou qul a causa da morte. Na última quarta-feira (20), o hospital havia divulgado em boletim médico informando que o quadro de saúde do paciente era estável, mas que ele continuava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sem previsão de alta.
O empresário Rivadavia Marques, de 38 anos, que dirigia o veículo, quebrou a clavícula. Ele foi transferido para um hospital particular.
A batida, na Zona Sul de São Paulo, aconteceu de madrugada e chamou atenção pela destruição do esportivo, que se desfez em várias partes. De acordo com policiais militares, o motorista Rivadavia Marques perdeu o controle da direção e bateu na mureta que divide a pista e o canteiro central da via. A mureta serviu de rampa para o carro, que saltou e só parou ao bater numa árvore. A colisão ocorreu no sentido Castello Branco, altura da Ponte do Socorro.
Marques, dono do automóvel de luxo, disse ao G1 que acreditava estar a cerca de 60 km/h na hora da batida e que não sabe o que causou o acidente. Um vídeo publicado pelo mecânico Marcio De Maria, proprietário do Galpão Z28, mostra o Camaro a 230 km/h em uma via de São Paulo (abaixo). A oficina foi a responsável por modificar o veículo, aumentando sua potência.
A perícia do Instituto de Criminalística (IC) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) irá analisar o que sobrou do carro, que ficou com o velocímetro travado em 80 km/h. Só após a divulgação do laudo, no entanto, a velocidade do Camaro no momento do acidente será conhecida.
O boletim de ocorrência do caso, registrado no 11º Distrito Policial (DP), Santo Amaro, apura a responsabilidade de Rivadavia.
O veículo que se acidentou foi um Camaro SS, modelo 2014, avaliado em mais de R$ 170 mil, e está no seguro. Rivadavia contou que ele e Marcio não haviam bebido, os dois usaram cinto de segurança e o airbag foi acionado. Eles voltavam do mecânico.
“Eu não me lembro como aconteceu o acidente, só me recordo de ter feito a curva e depois acordar com os bombeiros cortando o carro para nos retirar lá de dentro. Eu peso 120 kg e meu amigo 130 kg”, falou o dono do Camaro. “Fomos resgatados e levados ao hospital”.
Camaro
O Camaro SS é uma releitura de um clássico americano, que começou ser vendido nos Estados Unidos em 1966. O motor tem 406 cavalos de potência e leva o esportivo de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. A velocidade máxima é de 250 km/h, limitada eletronicamente, de acordo com a Chevrolet.
O carro tem seis airbags (laterais, de cortina e frontais) e barras de proteção lateral. Um veículo semelhante ao que bateu na Marginal, modelo 2014, tem preço médio de R$ 176 mil, segundo a tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Economicas (Fipe). Seu equivalente zero quilômetro vendido nas lojas custa cerca de R$ 241.350.
O veículo teve 703 unidades emplacadas no Brasil em 2014, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Segundo especialistas em segurança automotiva ouvidos pelo G1, o fato de o modelo ficar aparentemente destruído está ligado à segurança proporcionada pelo carro. “Existem áreas de deformação, que absorvem energias para manter o habitáculo (local onde ficam motorista e passageiros)”, explica Alessandro Rubio, coordenador técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), centro de pesquisa dedicado à reparação automotiva. “Pelo estrago, a velocidade deve ter sido alta, mas o habitáculo ficou praticamente estável. Isso é o mais importante.”