Por Cássia Veras
Servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito participaram, na manhã desta terça-feira, 20, de uma palestra sobre assédio moral e sexual no trabalho. O evento faz parte da campanha Não se Cale, promovida pela Secretaria de Estado da Mulher (Semulher).
“É um tema importante e sensível. Hoje, o objetivo principal é a conscientização, principalmente do ponto de vista da interação entre os profissionais no ambiente de trabalho. A nossa expectativa é que os servidores saiam daqui com a ideia de que o assédio é altamente repugnante”, disse o gerente-geral interino, Ádalo do Nascimento.
De acordo com a psicóloga Eucinete Ferreira, do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cerest), a campanha contribui para que as pessoas saibam identificar o assédio moral ou sexual dentro do ambiente laboral e a forma de proceder nesses casos.
“De acordo com a Organização Mundial da Saúde [OMS], nós tivemos um aumento de 25% de casos de depressão e ansiedade. Portanto, essa ação vai corroborar no sentido de empoderar, de sensibilizar os trabalhadores e trabalhadoras a se posicionarem para pedir ajuda”, explicou.
Para o servidor Carlos Augusto Justo, a palestra agrega informação e, ao mesmo tempo, valoriza o trabalhador. “.Acredito que é muito bom termos esse tipo de esclarecimento e transmiti-lo às outras pessoas e, se preciso, fazer a denúncia”, falou.
Assédio no trabalho e o desenvolvimento de transtornos mentais
O assédio moral e sexual pode ter consequências graves na saúde mental das vítimas. A exposição prolongada a situações humilhantes, constrangedoras e abusivas leva a problemas como ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, transtornos de humor, dificuldades de concentração, insônia, dentre outros. Além disso, a vítima pode desenvolver baixa autoestima, falta de confiança em si mesma e isolamento social.
Fonte agencia.ac.gov.br