A família da Eloisa Almeida, de 1 ano e 9 meses, luta para conseguir um doador de medula óssea compatível para um transplante de medula óssea. O procedimento é necessário porque ela tem um nível de plaquentas muito baixo no sangue, a chamada plaquetopenia. Por causa disso, a menina tem uma rotina limitada, já que sofre de um problema grave de coagulação e não pode se machucar.
Segundo o médico Lisandro Lima Ribeiro, que atende a criança, ainda não existe um diagnóstico exato sobre o que causa da plaquetopenia. “Ainda estamos fazendo exames para tentar detectar com certeza o que provoca essa plaquetopenia. Acreditamos que possa ser uma malformação na medula, mas ainda é preciso ir mais a fundo na investigação”, explicou.
A mãe da garota, Tatiane Almeida, conta que passa o tempo todo olhando a filha porque qualquer queda ou corte podem ser fatais. “Ela não pode ter uma queda, porque a função das plaquetas é coagular o sangue. Como ela não tem plaquetas suficientes, pode dar uma hemorragia e pode não dar tempo nem de chegar ao hospital”, disse a mãe emocionada.
Tatiane e o pai da menina fizeram o teste de compatibilidade, que deu negativo, mas têm esperanças de encontrar alguém com as mesmas características genéticas e curar a filha.
De acordo com Tatiane, a única forma de curar Eloisa é com o transplante. A chance de encontrar um doador é uma a cada 100 mil pessoas. Enquanto não encontram, fazem plantão vigiando a filha 24h por dia.
“Quando a gente precisa sair, a gente fala ‘tô saindo’ e vem outro fica em cima dela’”, conta a mãe.
Doadores
O Hemocentro de Goiânia está disponível para quem queria fazer o teste e se candidatar a doação. Segundo o diretor da instituição, Mauro Silva, há 3 milhões de brasileiros cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. Ele afirma que para ajudar não só Heloísa, mas muitos outras pessoas, é preciso que os doadores antigos também atualizem os dados.
“O mais importante agora é as pessoas se recadastrarem, atualizarem os dados, porque as pessoas mudam de telefone e endereço e podemos não encontrar”, afirma o diretor.
Tatiana sonha com o dia em que a filha se submeterá ao transplante. “Ia salvar a vida dela, vai poder ter vida normal, poder correr, cair levantar subir descer sem ninguém ter que ficar atrás tentando proteger”, disse a mãe.
Do G1 GO