Há 10 anos as pessoas atingidas pela hanseníase recebiam um reconhecimento do governo brasileiro pelos intensos períodos de confinamento e preconceito: foi criada a Lei 11.520/2007, de autoria do então senador Tião Viana e sancionada pelo presidente Lula. Com uma pensão vitalícia, a União devolvia um pouco da dignidade para essas pessoas que sofreram grandes traumas físicos e psicológicos.
Após esse período que mais de nove milhões de beneficiários da lei conseguiram desenvolver suas vidas, Tião Viana, hoje governador do Acre, segue sendo homenageado por diversos grupos em todo o país. Na última sexta-feira, 24, foi a vez da comunidade, organizada pelo Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) de Cruzeiro do Sul, agradecer pessoalmente o patrono da lei.
As histórias que ouvia quando fazia atendimentos marcaram os pensamentos de Tião Viana. “É muito lindo, ver como vocês que sofreram tanta dor, conseguem transmitir tanta alegria e paz”, disse o governador para o público sorridente.
E essa alegria é uma marca das pessoas até hoje. Entre os abraços e agradecimentos ao governador, Francisca Soriana declamou poesia e cantou, acompanhada de uma sanfona, para demonstrar sua gratidão. “Querido governador Tião Viana, você abraçou nossa causa. Junto com o presidente Lula criou a lei que melhorou 100% nossa condição de vida”, disse Soriana, relembrando também a cura de sua catarata após cirurgia pelo programa Cuidando dos Seus Olhos, do primeiro mandato de Tião Viana no Estado.
Os relatos de melhorias de vida são inúmeros, desde a garantia de compra de remédios essenciais quanto à aquisição de casas novas e mais dignas. Tudo conquistado com a aposentadoria que hoje está em R$ 1.400. A quantia se tornou uma reparação do governo brasileiro e reconhecimento da dignidade das pessoas que tiveram a liberdade violada.
“Esses dez anos da lei são uma conquista nossa e tem sido uma honra estar ao lado de vocês por todo esse tempo”, finalizou o governador Tião Viana.
Por Arison Jardim
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