Mais de seis mil pessoas compareceram à cerimônia de posse do governador Gladson Cameli (PP) e do vice-governador, Major Rocha, nesta terça-feira, 1º de janeiro, na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) e na Esplanada do Palácio Rio Branco.
Por volta das 17 horas, acompanhado da esposa, Ana Paula, e do filho, Guilherme, de 5 anos, o Gladson seguiu direto para o plenário da Aleac, onde foi recebido pelo presidente da Mesa Diretora do Legislativo, o deputado Ney Amorim e os demais parlamentares.
Na Assembleia, o novo governador foi empossado, ao prestar o compromisso constitucional, em que prometeu “defender e observar as leis das constituições do Estado do Acre e Federal, para o bem geral do povo acreano”.
Em seguida, assinou o livro de posse, e foi a vez de Major Rocha cumprir o mesmo rito. O vice-governador estava acompanhado dos pais e de irmãos, entre eles a deputada federal eleita Mara Rocha (PSDB).
“Hoje estamos aqui para celebrar e renovar dois sentimentos: o primeiro deles é a confiança na democracia. A democracia é o pilar que sustenta histórias, visões e sonhos diferentes, todos em equilíbrio na busca de soluções para o futuro do nosso povo”, disse Gladson Cameli.
“O segundo sentimento é resultado do primeiro: responsabilidade. Carregamos nas costas a missão de corresponder aos anseios da população. Uma gente solidária, trabalhadora, ordeira e esperançosa no amanhã, que merece ter um futuro tão grande quanto as suas qualidades”, completou o governador, no plenário da Aleac, para uma Casa lotada de autoridades, parlamentares, jornalistas e populares que foram prestigiar a solenidade.
Ao término da cerimônia, o governador já empossado passou em revista a Guarda de Honra, da Polícia Militar, saindo do início da rua Arlindo Porto Leal, próximo à Catedral Nossa Senhora de Nazaré, até a esplanada do Palácio Rio Branco.
No trajeto, com gestos de grandeza e de humildade, Gladson, ao lado do filho, quebrou o protocolo por duas vezes. A primeira foi quando parou para beijar a Bandeira do Acre, do porta-estandarte da Guarda, e a segunda quando foi de encontro à população que assistia com alegria a solenidade, a partir do cordão de isolamento.
Aos gritos de “viva o governador” e de “seja bem-vindo, Gladson”, ele foi abraçado e aplaudido pela multidão que foi viver de perto o ato solene. Dali, Gladson, Rocha e suas famílias seguiram para o dispositivo de honra instalado no salão externo da Aleac, onde dali o governador acenou por várias vezes para as pessoas que o felicitavam desde a praça Eurico Dutra.
A estimativa é de que mais de seis mil pessoas estiveram na cerimônia, segundo estimativa da Polícia Militar do Estado do Acre.
Gladson recebeu a faixa do pai, Eládio Cameli, e lembrou do tio Orleir
A segunda parte da solenidade, ao anoitecer, aconteceu na esplanada do Palácio Rio Branco, com a participação dos novos secretários e familiares dos novos mandatários do Executivo.
O pastor José Paulo Machado leu cinco versículos do Salmo 20, da Bíblia, enquanto que o Bispo Dom Joaquim Pertiñez, uma carta do papa Francisco pelo Dia Mundial da Paz, comemorado nesta terça-feira, 1.
Já às 18h25, estudantes do Colégio Militar Tiradentes seguiram em direção às escadarias do Palácio em cortejo com a faixa governamental, ao som do Tema da Vitória de Ayrton Senna. A peça foi entregue ao novo governador pelo seu pai, Eládio Cameli.
No Palácio, o discurso de Gladson foi breve, mas pleno de significado histórico, ao acender a chama da esperança por um Acre livre das amarras do subdesenvolvimento e das mazelas sociais. “Os caminhos da vida e da história sempre encontram uma forma de nos dizer que a justiça do tempo é exata e perfeita. O sonho de integrar o Acre ao Brasil continua vivo”.
“Duas décadas após meu tio chegar ao Governo do Estado, aqui estou eu para dizer que o seu sonho de integrar todo o nosso estado continua vivo, agora com a integração do Acre ao Brasil através do desenvolvimento econômico e social”, disse, em referência ao tio, o ex-governador Orleir Cameli.
E prosseguiu, dizendo: “a história nos mostrou que a política feita com o tempero da revanche separa o povo dos políticos e não será esse o caminho que o Acre irá traçar a partir de agora. Posso garantir: quem chega ao governo, chega com o peito carregado de amor e gratidão pela vida e pelas pessoas!”
A cerimônia chegou ao fim com apresentações dos acordes do coral e orquestra do Conservatório Musical do Vale do Juruá, do Ministério Público do Estado do Acre, e do 61º Batalhão de Infantaria e Selva, do Exército Brasileiro de Cruzeiro do Sul.
Em seguida, houve um show com fogos de artifício que durou mais de meia hora, e o ato de nomeação da equipe de governo, do secretário de Estado da Casa Civil e do Chefe do Gabinete Militar.