A informação é do gestor do setor, Hélio Cameli. Ele credita o fato ao intenso trabalho dos agentes, o interesse do governo estadual em fortalecer as ações, uma maior conscientização da população e o novo método de trabalho, que concentra as atividades nos “pontos quentes”, ou seja, onde a incidência da malária é maior.
Em 2014 ocorreram 17.017 casos de malária em Cruzeiro do Sul; já em 2015 o número baixou para 13.651. No interior os locais com maior incidência são Santa Luzia do Pentecostes, Canela Fina e Vila São Pedro. Já na zona urbana, onde os casos diminuíram, os locais mais infestados são os bairros Aeroporto Velho, Cruzeirinho, Nossa Senhora das Graças e Santa Terezinha.
Segundo Cameli, a Gerência de Endemias tem todos os dias em ação 85 agentes, 11 supervisores de campo e dois supervisores gerais. Há 33 postos espalhados pelo município, com coleta de sangue e diagnóstico, o que facilita a busca passiva.
No entanto, o setor também faz a busca ativa, investindo nos pontos onde foram detectados maior número de casos. Cameli acredita que, em 2016, com a estrutura existente e com a participação da população, será possível a redução de outros 20%.
Em 2005, 2006 e 2007 Cruzeiro do Sul passou por uma epidemia de malária ultrapassando, em 2006, 45 mil casos. O fato exigiu um grande de esforço por parte do governo estadual e federal, com a atuação de uma força-tarefa montada especialmente para o combate à malária.
Boletim
O responsável pela elaboração do boletim informativo é o apoiador das ações de controle da malária pelo Ministério da Saúde, Gilberto Moresco. Segundo diz, a região, por ter muitos açudes, igarapés e igapós, favorece a proliferação do mosquito transmissor da malária.
Ele explica que, além dos dados sobre os trabalhos dos agentes, o boletim também aconselha certos procedimentos por parte da população, salientando-se a necessidade de tomar os medicamentos de forma correta, até o fim do tratamento.
Por Flaviano Schneider
Da agencia.ac.gov.br