Por Carlos Alexandre
A data de 15 de maio marca o Dia do Assistente Social, profissional que planeja e executa políticas e programas sociais de garantia dos direitos dos cidadãos, buscando a integração dos indivíduos à sociedade e contribuindo para a construção de uma realidade menos desigual.
A assistência social é uma política transversal que compete a diversas esferas do Estado. Por isso, o governo do Acre conta com profissionais da área em diversas secretarias, como a de Saúde (Sesacre), da Educação, Cultura e Esportes (SEE) e, com uma atuação ampla na promoção de políticas públicas, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd).
Proporcionando mudanças
“A assistência social é fundamental para trabalhar a promoção, o desenvolvimento e a inclusão do indivíduo na sociedade”, define Valdenisa Coimbra, assistente social especialista, na Seasd desde 2005. Atua como multiplicadora do programa Criança Feliz, que trabalha com o processo de desenvolvimento pleno da criança, desde a gestação até os seis anos de idade.
Valdenisa rememora um caso que atendeu no início da carreira: ”Em 2006, identificamos uma família em situação de extrema vulnerabilidade, carente em todos os sentidos, principalmente em moradia e alimentação. Com a nossa atuação e os programas sociais, conseguimos mudar a história de cada um dos membros do núcleo familiar. Anos depois, reencontrei a mãe da família, que estava completamente diferente, bem arrumada e empregada, provendo o próprio sustento”, relata, satisfeita, a profissional.
Fortalecimento da política
Atuando no Estado como especialista executiva desde 2011, Nair Mamed se volta para as ações do Departamento de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da Seasd, prestando apoio aos municípios no monitoramento e gerência das casas de acolhimento do Acre.
Analisando os 12 anos de trabalho, Nair conta: “O conhecimento adquirido ao longo dos anos é uma grande conquista profissional. Busco sempre aprimorar o meu trabalho e executá-lo da melhor maneira para garantir os direitos do público da ponta”.
Além do assistencialismo
Grande parte da classe profissional aponta a prática do assistencialismo como a maior dificuldade enfrentada no fazer diário. Nair esclarece: “Infelizmente a sociedade ainda tem uma visão deturpada do fazer social. Trabalhamos além do simples ato de entrega de doações; nos voltamos principalmente para a garantia de direitos”.
Valdenisa corrobora: “O verdadeiro papel da política pública não é prestar assistencialismo, mas sim dar autonomia para que a pessoa em vulnerabilidade seja incluída na sociedade, promover oportunidade de mudança de vida para indivíduos, para que estudem, trabalhem e se desenvolvam independentemente dos programas sociais”.
Cofinanciamento estadual
Uma das conquistas tidas como fundamentais pelos servidores da pasta de assistência social é o cofinanciamento estadual. Assinada pelo governador Gladson Cameli em abril de 2022, a medida representou um compromisso com a política pública, beneficiando o Estado e seus municípios com a prestação de apoio técnico e aporte de recursos para a execução plena da assistência social, em serviços, programas e projetos.
“A pactuação do cofinanciamento do Estado com os 22 municípios é um fato do compromisso com o desenvolvimento das políticas públicas e da preocupação com a população. É por meio desse avanço que serviços e benefícios são financiados, alcançando a população vulnerável”, ratifica Adeni Neves, secretária executiva do Conselho Estadual de Assistência Social do Acre.