Por Dilma Tavares
O governo do Acre pediu e recebeu a garantia do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro, de apoio no combate à monilíase, doença que afeta os plantios do cacau e do cupuaçu. O governo está pedindo crédito suplementar de R$ 3,5 milhões em convênio já existente com aquele ministério para apoio a essas ações.
O pedido foi feito pelo secretário adjunto de agricultura, Edivan Azevedo, juntamente ao representante do governo do Acre em Brasília, secretário de Estado Fabio Rueda, e ao presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), José Francisco Thum. O encontro ocorreu nesta quarta-feira, 18, na sede daquele ministério, em Brasília, em reunião articulada pelo Consórcio Amazônia Legal.
Monilíase é um fungo que ataca o fruto do cacau e do cupuaçu e causa grandes perdas, podendo comprometer até 100% da produção. A doença foi detectada no Brasil em 2021, numa área urbana de Cruzeiro do Sul.
Desde então, o governo, por meio do Idaf, com o apoio inicial do convênio com o governo federal, vem desenvolvendo medidas para de combater e conter o avanço da praga. No encontro foi apresentado um balanço das ações. Conforme Francisco Thum, entre investimento e custeio, o governo do Estado já investiu R$ 3,5 milhões no combate à doença. Esse trabalho, foi inclusive elogiado pelo ministério. “O Acre realiza um trabalho exemplar, evitando a dispersão da doença”, afirmou o secretário de Defesa Agropecuária e de Inovação, Carlos Goulart.
“Vamos aditivar o convênio” garantiu o ministro Carlos Fávaro, explicando que aguarda solicitação de recurso suplementar solicitado ao Tesouro Nacional para as ações de defesa fitossanitária no país, onde o Acre também estará contemplado. A previsão dele é de que isso ocorra até o fim do ano, antes do vencimento do convênio com o governo do Acre.
O ministro disse ainda que está aguardando a sanção, pelo presidente Lula, do Projeto de Lei nº 2052/2024, que trata de enfrentamento a emergências fitossanitárias no país. Isso permitirá, por exemplo, o pagamento de diárias para servidores envolvidos no enfrentamento à monilíase no estado.
Cupuaçu
“O controle de doenças e pragas é de responsabilidade do MAPA e que são delegadas para os Estados. Mas só é possível fazer as ações necessárias com a participação financeira do governo federal”, explicou o secretário Edivan Azevedo. O governo do Acre também pediu urgência na edição de uma instrução normativa fixando padrão de qualidade e identidade para o cupuaçu, a exemplo do que ocorre com o cacau.
“Pequenos produtores e indígenas do estado estão impossibilitados de vender suas amêndoas para cupulate, num momento de preços altos por falta dessa medida”, explicou Edivan, lembrando que esse assunto foi oficiado para o MAPA, em novembro de 2023, pelo Consórcio Amazônia Legal.
Cuidando das pessoas
O representante do governo do Acre em Brasília, secretário de Estado Fabio Rueda, destacou a importância do apoio para os produtores , para o desenvolvimento econômico e social e ambiental o estado e da parceria com o governo federal na solução dos problemas “no sentido de cuidar das pessoas, conforme direcionamento do governador”.
O encontro com o ministro Fávaro foi articulado pelo Consórcio Amazônia Legal. Na reunião, os representantes da região explicaram a importância do enfrentamento à monilíase e também solicitaram a reestruturação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – Ceplac. “Vou fazer com que a Ceplac volte a ser orgulho nacional”, garantiu o ministro Carlos Fávaro.
Fonte agencia.ac.gov.br