O desafio da alfabetização de adultos no Brasil está diretamente relacionado à superação de um dos maiores problemas educacionais: as altas taxas de analfabetismo.
E é com o objetivo de zerar o analfabetismo que o governador Tião Viana implantou no Acre o Programa Quero Ler. A iniciativa tem como meta alfabetizar 39 mil até o fim deste ano, sendo o primeiro estado do Norte e Nordeste a realizar esse feito.
Para comemorar a inserção de mais 1.073 alunos do Quero Ler, a vice-governadora Nazareth Araújo participou na tarde desta quinta-feira, 19, na Vila do V, em Porto Acre, da aula inaugural das 83 turmas no município.
“O Quero Ler é a oportunidade de as pessoas que abandonaram a escola, pelos mais variados motivos, recuperarem o tempo perdido. Agora, elas terão a oportunidade de ler e escrever. Isso é um ganho considerável de vida”, destacou a vice-governadora.
Resgate de dignidade
Pautado pelo resgate da dignidade de parte da população acreana, o programa de governo Quero Ler já tirou 22 mil pessoas do analfabetismo, entre alunos estudando e os que já concluíram as aulas. Com frentes de matrículas e salas de aula em todos os municípios, as equipes do programa seguem firmes no trabalho diário de ensinar jovens e adultos a ler e escrever.
Para o prefeito de Porto Acre, Bené Damasceno, o programa é de grande importância, pois ensina não apenas a leitura e a escrita, mas dá um novo ânimo na vida de pessoas que pensavam que não mais voltariam a frequentar uma escola. “Ele irá formar cidadãos capazes de interpretar o mundo à sua volta, e isso é muito bom.”
O Quero Ler é executado com um investimento de R$ 42 milhões do governo do Estado e apoio do Banco Mundial. Com isso, até 2018 o Acre quer zerar o analfabetismo.
O deputado federal Léo de Brito disse que o programa é um grande avanço para a educação acreana. “É com muita alegria que acompanho as turmas e histórias do Quero Ler. Esse é mais um ganho para as pessoas do Acre que estão sendo beneficiadas com uma ação grandiosa para suas vidas.”
“Vou ler para meus netos”
Depois de dar prioridade à educação dos filhos, Joaquim Evangelista e Maria da Saúde voltaram ao banco da escola por meio do Quero Ler. “Não dá para descrever nossa alegria de estar aqui aprendendo a ler e a escrever. Não fiz com meus filhos, mas vou poder ler para meus netos. É como ser cego e começar a enxergar”, ilustrou Evangelista.
Por Concita Cardoso
Fonte agencia.ac.gov.br