O Núcleo de Apoio Pedagógico à Inclusão (NAPI), em Cruzeiro do Sul, da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, além de atender cerca de 700 alunos diferenciados e manter uma permanente atividade de capacitação de professores e membros da comunidade em variados cursos (502 capacitados no primeiro semestre) ainda tem uma faceta que poucos conhecem: auxilia na inclusão de vários outros segmentos da população.
No momento, com apoio do NAPI, capitaneado pelo servidor Carlos Sampaio, está sendo feita a mobilização especialmente de artistas, fazedores de cultura e desportistas para ajudar o violonista Manoel Ramos de Jesus, mais conhecido como Manoelzinho do Acre.
Manoelzinho está acometido de uma anomalia em que seu organismo tem uma produção de anticorpos em excesso o que acaba agredindo vários órgãos do corpo. Para combater isto ele precisa da aplicação mensal de um medicamento cuja ampola custa R$ 5 mil, o que está totalmente fora de seu orçamento.
Segundo Sampaio vários artistas estão se mobilizando para ajudar. Hoje à tarde haverá um encontro que vai definir uma apresentação no final de semana, na praça central de Cruzeiro do Sul, com participação de cantores, músicos e praticantes de artes marciais.
“Ele é um grande amigo. Tem grandes serviços prestados à cultura cruzeirense como formador musical e é preciso que a sociedade cruzeirense o ajude neste momento. Vamos passar o chapéu” – disse.
Para Sampaio este também é um processo inclusivo: “Precisamos incluir nossos problemas, nossas causas pois esta é uma situação a que ninguém está imune. Por isso escolhi este espaço para divulgação aqui no NAPI, que hoje é referência quando se trata de educação inclusiva e agradeço nossa coordenadora pelo apoio”.
Maria Darci Martins Nicácio, a coordenadora do NAPI, conta que no dia a dia o órgão é procurado por outros segmentos e a acaba se envolvendo em outras causas. Seus servidores e pessoas formadas em Libras, a língua dos sinais, também prestam eventualmente auxilio em bancos e outros locais para surdos e ainda a idosos.
“Criamos essa consciência de inclusão e nos envolvemos quando as pessoas precisam” – comenta.
Por Flaviano Schneider