Por Dilma Tavares
“Fiquei apaixonada!” e “esse prato é maravilhoso”, foram algumas das frases ditas por degustadores do Pirarucu à Casaca, prato típico do Acre apresentado neste sábado, 16, durante a oficina-show de culinária realizada no Salão Nacional do Turismo, que ocorre em Brasília.
O governo do Acre participa do evento por meio da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo, com o apoio do Programa REM Fase II – coordenado pela Secretaria de Planejamento – e outros parceiros, como o Senac/Acre – envolvendo a culinária acreana. A mostra contou a presença do secretário de turismo, Marcelo Messias, que destacou a importância da gastronomia para a atração turística regional e estadual.
“É a partir dessas apresentações que a gente consegue mostrar para o resto do Brasil o quanto é fabulosa a nossa gastronomia”, disse, ressaltando a força de atração turística da culinária local. “A gente sabe que a região Norte é onde as pessoas procuram o turismo da gastronomia, por ser diferenciada”, lembrou ele feliz com o retorno positivo dos degustadores que participaram da oficina em relação ao prato acreano.
A oficina-show de culinária foi realizada no espaço do Senac, que ficou lotado com mais de 50 pessoas. No local houve apresentação simultânea do Amazonas, com o Pato ao Tucupi; e do Acre, com o Pirarucu à Casaca. O prato típico acreano foi preparado por Fernanda Ferreira, há 30 anos chefe de cozinha do Senac e orgulhosa de mostrar o prato acreano.
“É oportunidade para a gente mostrar as coisas gostosas que temos na região”, disse, acrescentando que a comida típica do estado é muito procurada pelos turistas. “Nossa gastronomia é muito boa e temos muito ainda para mostrar”, disse ela, que lembrou a importância do pirarucu para a culinária e economia acreana.
O nome
A chefe de cozinha acreana contou que o nome do prato, Pirarucu à Casaca, antes se chamava Pirarucu com Banana, mas mudou há cerca de 40 anos. Num dia frio, quando ela e colegas estavam cobrindo o prato com banana frita, um dos alunos relacionou o ato como proteção para o frio. “Nessa hora, outro aluno, chamado Ronaldo, falou: ‘então é Pirarucu à Casaca’ e o nome ficou”, disse.
Reação positiva
A apresentação culinária abrangeu desde os produtos utilizados, como o peixe pirarucu e banana da terra frita, até a montagem. Depois foram servidas porções para degustação dos participantes. O prato recebeu vários elogios, como da turismóloga de Goiânia (GO), Andressa Oliveira.
“Achei uma delícia, foi uma mistura com um agridoce que me pegou e fiquei apaixonada, de verdade gostei bastante, comi dois!”, disse Andressa, surpresa com o uso e sabor do pirarucu salgado, como o bacalhau. Ela disse que não conhecia a comida do Norte, mas tem interesse em conhecer a região, principalmente depois da experiência gastronômica, apesar dos custos do transporte aéreo.
Outra participante que elogiou a comida apresentada pelo Acre foi a amazonense Iris Meneses. “Esse prato é maravilhoso, meu preferido”, afirmou ela que se interessou em misturar as culturas usando, também no preparo, a farinha uarini, produzida por indígenas do Amazonas e típica naquele estado.
“Isso representa o fortalecimento do nosso turismo”, disse Débora Dantas, diretora do Senac no Acre – órgão que tem uma escola de gastronomia. A mostra gastronômica, ressaltou ela, é oportunidade de visibilidade para um estado distante como o Acre. “Nossa culinária é riquíssima, então é oportunidade de que o Brasil e o mundo conheçam o nosso estado”, disse.
A participação do Acre no Salão Nacional também tem o apoio da Casa Civil e da Secretaria dos Povos Indígenas. A degustação dos produtos acreanos é apoiada também pelos seguintes parceiros: Miragina, Rei da Castanha, Cachaça Acreaninha, Cachaça Aquiry (Ligeirinho) e Ve-LaLuz*.