Secretaria de Saúde do Município investiga sete mortes suspeitas e garante que houve redução de 40% dos casos
Cruzeiro do Sul, segundo maior município do Estado do Acre, desde fevereiro do ano passado enfrenta uma epidemia de dengue. São mais de 30 mil casos notificados com suspeitas da doença, e desses, 18 mil foram confirmados. No período de novembro a dezembro, segundo informações dadas pelas autoridades municipais da área de saúde, houve uma redução de 40% dos casos. Todavia, as suspeitas de mortes por dengue hemorrágica aumentam. A Secretaria Municipal de Saúde investiga sete óbitos, sendo que dois desses já foram confirmados.
Só nesta semana, em menos de 48 horas, duas pessoas morreram por suspeita de dengue. O jovem Kelvin Cabral, 22, morador no Bairro do Cruzeirão, morreu na terça-feira (6). Uma menina de 13 anos, moradora do bairro do Remanso, foi a óbito na noite da última quarta-feira (7).
Milena Lopes, coordenadora do Setor Epidemiológico, contou que as duas vítimas só procuraram atendimento médico após quatro dias de sintomas. Segundo ela, Kelvin Cabral procurou o Hospital Dermatológico, referência em casos de dengue, com um quadro clínico bastante agravado. Ele foi encaminhado ao Hospital do Juruá e morreu na UTI, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Já a adolescente morreu no Pronto Socorro, também após procurar a unidade em estado muito grave.
“Temos dois óbitos confirmados, do ano passado. É com muita tristeza que o município dá a informação de dois óbitos este ano, de pacientes tão jovens. Dessas duas últimas mortes, só temos a confirmação de uma, através de exames realizados num laboratório particular. Contudo, aguardamos a análise do Laboratório Central – Lacen, para encerramento do caso”, afirmou Milena.
Ela explicou que o município continua vivendo uma epidemia, e que a população deve continuar atenta aos sintomas de alerta da dengue, tais como: tontura, dor abdominal intensa na região do fígado ou estômago, fraqueza, sangramento nasal, na gengiva ou menstruação fora do período. Sentindo esses sintomas as pessoas devem imediatamente procurar a unidade de Saúde mais próxima de sua casa. “Não espere para amanhã ou depois, tem que procurar imediatamente uma unidade de Saúde”, pediu a coordenadora.
