Por Gledisson Albano
A dona de casa Maria de Jesus, moradora do bairro da Lagoa, em Cruzeiro do Sul, foi a primeira família a pedir para ser retirada de casa por conta da alagação do Rio Juruá, que chegou nessa manhã a marca de 12,71 metros, se aproximando da cota de transbordo, que é de 13 metros.
Ela contou que a situação é crítica e que teme pela vida de seu neto, de 10 e um filho de 18 anos que é epilético. Ela disse que já está saindo de casa de barco para levar as crianças para a escola, mas que tem medo de que seu filho sofra um ataque e caia na água.
“Eu estou com medo disso também. De eu ir levando ele no barco para a escola e de repente ele dá um ataque e cai na água, né?”, relatou.
Ela também afirmou que a casa já está balançando com as ondas e que o barranco está quebrando. Ela veio até a defesa civil municipal pedir ajuda e solicitar um aluguel social ou algum outro tipo de apoio.
“Eu quero sair já. Lá já está bem fundo a água. Está bem fundo e eu estou preocupada”, disse.
Segundo o coordenador da defesa civil de Cruzeiro do Sul, José Lima, a remoção de famílias de áreas alagadas deve ser necessária caso o rio alcance os 13,40 metros.