O agricultor Raimundo Nonato Pereira de Lima era um dos mais entusiasmados durante o lançamento da campanha de Regularização Fundiária Rural nesta sexta-feira, 7. Há 24 anos, Nonato vive com a família no Projeto de Assentamento Tocantins, na zona rural do município de Porto Acre. Lugar, que segundo ele, não troca por nem um outro.
“Essa terra que a gente tem é muito abençoada. Tudo que a gente planta, a gente colhe. Minha vida toda sempre trabalhei na produção rural e, graças a Deus, o pão de cada dia nunca faltou na mesa para sustentar a minha família”, revelou.
Parceria entre órgãos do Estado e União garantem celeridade nos processos de regularização fundiária
A ação no Projeto de Assentamento Tocantins é mais uma demonstração que o Governo do Estado está ao lado do agricultor. Por meio de uma parceria inédita entre Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio(Sepa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente(Sema), Instituto de Terras do Acre(Iteracre), Instituto de Meio Ambiente do Acre(Imac) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra), a intenção é desburocratizar e agilizar os processos referentes a legalização da propriedade rural.
“Entendemos que o agronegócio e o desenvolvimento econômico iniciam na regularização da terra e quando se juntam esses órgãos do Estado e da União, em parceria, quem ganha é a população. Por meio disso, conseguimos otimizar as ações, reduzir custos e conseguimos alcançar muitas pessoas. Este é só o início de um grande movimento que estamos fazendo no que se refere à regularização fundiária em nosso Estado”, declarou o diretor-presidente do Iteracre, Ismael Machado.
O evento foi considerado um sucesso pelo secretário de Estado de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt. Cerca de 60 pessoas das instituições envolvidas no mutirão atenderam mais de 500 agricultores. Na oportunidade, 29 títulos definitivos foram entregues aos produtores rurais. Para o gestor, a regularização da propriedade rural é o primeiro passo para transformar o Acre em um grande celeiro de alimentos.
“Todos nós estamos juntos em um mesmo objetivo que é fazer o agronegócio viável e, para isso acontecer, o produtor precisa ir ao banco e ser recebido pelo gerente com o título definitivo em mãos, se não tem o documento, o gerente não quer nem receber. É isso que vai fazer a diferença na vida do produtor rural porque eles terão o crédito que precisam para investir em equipamentos e ter a garantia que ele vai poder usar a terra sem ser perseguido”, frisou.
“O meu Governo não perseguirá nem um produtor rural”
Durante a solenidade de lançamento da campanha de Regularização Fundiária Rural, o governador Gladson Cameli foi categórico ao dizer que o homem do campo será tratado com a prioridade que ele merece.
“Quero aqui dizer ao meu secretário de Meio Ambiente que não atrapalhe a vida de quem quer produzir. Acabou o tempo que o produtor era perseguido por querer plantar, saibam que respeitamos as leis, mas é inadmissível que vocês sejam prejudicados por tão pouco. Saibam que vocês têm em mim um governador parceiro e que acredita que a salvação econômica do Acre virá da zona rural para a zona urbana”, argumentou.
Bastante aplaudido pela multidão que o acompanhava, Cameli trouxe euforia aos produtores do Projeto de Assentamento Tocantins ao anunciar que R$ 110 milhões serão investidos na recuperação de ramais nos próximos dois anos. A área rural de Porto Acre é considerada prioritária, além da maior parte da população viver no campo, o município possui quase dois mil quilômetros de ramais.
“Já liberamos 80 mil litros de óleo diesel para a prefeitura consertar os ramais e arrumar as pontes, mas isso ainda é pouco em vista do que vamos investir na zona rural. Se preparem porque o tempo da prosperidade chegou e vocês não ficarão abandonados como em anos anteriores. Tenham certeza que a produção de vocês não será perdida por causa de ramais intrafegáveis e saibam que não estou medindo esforços para conseguir mais recursos para serem investidos na zona rural”, pontuou Cameli.
Por: Assessoria