Os militares têm sido de grande importância para a manutenção dos estoques de sangue do Hemonúcleo de Cruzeiro do Sul. No mês de fevereiro, 250 recrutas do 61º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) fizeram os exames necessários e passarão a ser chamados nos próximos dias. Nesta quarta-feira, foi a vez da Marinha do Brasil. Os marinheiros da Agência Fluvial local iniciaram um processo de doação, prática que vem sendo adotada em vários estados do Brasil. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar comumente também participam das campanhas de doação.
Segundo a gerente do Hemonúcleo, Fátima Girão, o comando da Agência Fluvial tomou a iniciativa de também participar, entrou em contato e disponibilizou a doação de sangue de seus marinheiros, Como todos já são doadores, não houve necessidade dos exames de praxe. “É de grande importância termos o apoio dos militares e agora também da Marinha. Recebemos de braços abertos” – disse.
Segundo Fátima, no Acre, particularmente em Cruzeiro do Sul, por ser região endêmica de malária e hepatite, o percentual de doadores está abaixo do preconizado pela Organização Mundial de Saúde. Quem teve malária, por exemplo, só pode doar um ano após a cura.
Mesmo assim, o Hemonúcleo tem cerca de 800 doadores, alguns fidelizados, que doam de dois em dois ou de três em tres meses; já outros o fazem quando são convocados. Nesta quarta-feira vários doadores de sangue O negativo, um dos mais raros atenderam ao chamado. Um deles foiolanterneiroJeremias da Silva Ribeiro. Ele conta que teve que fazer uma cirurgia e precisou de sangue O negativo. Desde então, entendendo a dificuldade do Hemonúcleo tornou-se um doador fiel.
A gerente do Hemonúcleo conta que desde fevereiro não faltou sangue para atender a demanda. Isto graças às parcerias de empresas, dos militares e de doadores individuais.