Em ato realizado no Polo Naval de Cruzeiro do Sul, nesta sexta-feira, 11, foram entregues pela Agência Fluvial da Marinha do Brasil 25 carteiras de inscrição e registro, que vem a ser a carteira de habilitação de piloto fluvial, para cooperados da Cooperbajola e servidores da Secretaria da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis e Desenvolvimento Florestal (Sedens), além de outras cinco para particulares.
Como explicou o gerente da Sedens, Gontran Neto, a Cooperbajola, que congrega profissionais que trabalham na indústria naval e na prestação de serviços no ramo, solicitou à Sedens a regularização de alguns de seus cooperados como pilotos fluviais para a entrega de barcos construídos ou consertados e para transporte de pessoal.
A secretaria contatou a Agência Fluvial, organizadora do curso que durou uma semana com 50 horas/aula.
O mecânico Fábio Silva explica: ”A gente consertava um motor e o cliente pedia que fosse entregue no porto ou em outro local. Como a gente não tinha habilitação a Marinha chamava a gente e dava orientação sobre a necessidade de ajustar isso. Agora estamos legalizados”.
A Cooperbajola tem como base de sua atuação o Polo Naval construído em 2013, às margens do Rio Juruá, no bairro Miritizal, pelo governo do estado. O Polo juntou num só lugar uma série de serviços e fabricação de peças que vieram facilitar a dinâmica da navegação.
Há quatro anos
A Agência Fluvial de Cruzeiro do Sul, a única no estado, foi inaugurada há quatro anos. Desde então já formou nove turmas, num total de 270 pilotos no Juruá.
A previsão é de que sejam abertas mais três turmas até o fim do ano – duas em Cruzeiro do Sul e uma em Porto Walter -, cada uma com vagas para 30 pilotos.
Para abertura de novas turmas, o pedido tem que ser feito por algum ente público, prefeitura, secretaria etc., e as principais parcerias têm sido feitas entre as secretarias de educação estadual e municipais, especialmente voltadas para a habilitação de transportadores de alunos.
No curso, os pilotos aprendem sobre primeiros socorros, combate a incêndio, procedimentos de navegação, latitude longitude, entre outros assuntos.
As penalidades para quem conduz embarcações sem o devido registro vão de multas – R$ 40 a R$ 2 mil – até apreensão da embarcação.
No entanto, como a Marinha está há pouco tempo na região e ainda não deu tempo para habilitar a maioria dos pilotos, ela ainda está trabalhando apenas com orientações. Depois, a tendência será intensificar a fiscalização e passar a aplicar as multas.
Por Flaviano Schneider