Poderá ser no dia 21 deste mês a audiência de julgamento do processo que Cruzeiro do Sul mais espera nos últimos tempos.
Oitivas
Nessa data, a Juíza Eleitoral da 4ª Zona, Adamarcia Nascimento, deverá proceder ao julgamento dos envolvidos no crime de compra de votos, no qual, entre os acusados, consta o prefeito eleito Ilderlei Codeiro (PMDB).
Fonte
A base do processo é o inquérito policial nº 47/2016, que resultou na prisão em flagrante de Mário Neto e Edson Paula, no momento que ambos efetuavam o pagamento de apoio político no valor de R$ 5 mil, em dinheiro, de militante adversário. O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal.
Denúncia
O processo foi suscitado pela coligação “Cruzeiro em Boas Mãos”, que tinha como cabeça de chapa o ex-deputado Henrique Afonso (PSDB).
Trama
Para esclarecimento, o contencioso apura denúncia de um esquema de compras de votos de apoiadores do candidato tucano, trama que seria comandada pelo atual prefeito Vagner Sales em conjunto com o candidato Ilderlei Cordeiro, cujo beneficiário seria o próprio Ilderlei, candidato da querência de Sales, no final da disputa do dia 2 de outubro sagrado vencedor.
Argumentos
Por ocasião do oferecimento da denúncia, o advogado Paulo Gernandes, da coligação de Henrique Afonso, afirmou que solicitaria em seu peticionário a cassação da chapa do PMDB, chapa que prevaleceu na disputa.
Ação acessória
Segundo o advogado da chapa denunciante, também seria feita um representação junto ao Ministério Público Estadual, pedindo abertura de inquérito para apuração de crime de corrupção ativa e compra de votos por parte do prefeito Vagner Sales.
Comando
De acordo com Paulo Gernandes, no processo em questão restou comprovada a existência de vários crimes, entre eles abuso de poder econômico por meio da compra de votos, ação que tinha em Sales e Ilderlei seus comandantes em chefe.
Memorial
Para melhor relembrar o caso, no dia 23 de agosto foram presos em flagrante, por volta das 18 horas, pela Polícia Federal, Mário Neto, chefe de gabinete de Vagner Sales, e o presidente do diretório municipal do PSDB em Cruzeiro do Sul, Edson de Paula.
Em cash
Segundo a denúncia, que partira da chapa comandada pelo PSDB, Edson de Paula estaria cooptando candidatos a vereador da sua coligação (PSDB-REDE) em favor do candidato do PMDB, Ilderlei Cordeiro, mediante pagamento em dinheiro.
Boca na botija
O pagamento era feito através do chefe do gabinete de Vagner Sales, Mario Neto. O delegado da Polícia Federal, Fabrício Santos da Silva, confirmou que no momento da prisão em flagrante Mário Neto estava de posse de R$ 5 mil.
Mágica
A desconfiança dos denunciantes em relação às ilegalidades nasceu da constatação de que a campanha da coligação capitaneada pelo PSDB de Henrique Afonso vinha sofrendo duras baixas, e, como num passe de mágica, no dia seguinte, esses personagens estavam a cerrar fileiras com a candidatura de Ilderlei.
Lipoaspiração
Para se ter ideia, a coligação comandada pelos tucanos começou a campanha com 28 candidatos a vereador e seis partidos. Na época do flagrante a chapa contabilizava apenas 12 candidatos e dois partidos: PSDB e REDE.
Audácia
Segundo o PSDB fez divulgar na mídia à época, Vagner Sales e Ilderlei teriam sido os responsáveis direto pelo desmonte da candidatura de Henrique Afonso. A mais recente “aquisição” para a campanha de Ilderlei Cordeiro teria sido o próprio presidente do diretório municipal do PSDB, Edson de Paula.
Provas
O advogado do PSDB no processo, Paulo Gernandes, afirmou na ocasião que faria acostar aos autos um áudio que comprovava as acusações e o envolvimento direto do prefeito Vagner Sales e Ilderlei nas negociações.
Pena
Sabe-se, agora, que o promotor eleitoral Leonardo Honorato encampou os pedidos da parte reclamante e pede a condenação dos envolvidos e a aplicação das sanções do Art. 22, inc. XIV, da Lei Complementar 64/90, que determina a inelegibilidade dos acusados e a consequente cassação da chapa e do diploma de Ilderlei Cordeiro.
Correio
O Ministério da Defesa divulgou ontem a liberação de crédito no valor de R$ 250 mil para a construção do prédio onde funcionará a Secretaria de Saúde de Jordão.
Até tu, Temer?
O valor é proveniente de emenda parlamentar do deputado federal Major Rocha (PSDB), por meio do programa Calha Norte, e será creditado na conta da prefeitura em novembro de 2017. Quando o ex-deputado Marcio Bittar souber dessa notícia, não vai gostar!
Apoio
O Instituto Ecumênico Fé e Política manifestou solidariedade ao governador do Acre, Tião Viana, que foi alvo de grave injustiça em processo da operação Lava Jato desde 2015.
Palavra dita e flecha lançada
Ressalta a nota: “Após ter sua vida exposta e sua honra atacada, Tião foi inocentado por unanimidade pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na semana passada”.
Direitos
E segue: “A histeria acusatória é algo incompatível com o estado democrático de direito e com o procedimento imparcial que se espera de alguns setores da sociedade, especialmente a mídia, que não deveria ser conivente com a espetacularização do julgamento. Tal atitude resvala na ilegalidade e no despropósito. Acreditamos, entretanto, que é na dificuldade que a alma cresce. Omnia vincit veritas (a verdade tudo vence)!”.
Visão
Na edição de hoje, trazemos entrevista com o deputado federal Leo de Brito, na qual o parlamentar analise o quadro político nacional e também o local. No texto o parlamentar denuncia que o governo federal patrocina discriminações em relação ao Acre.
Alerta
Léo diz, ainda, que, passado o pleito municipal, o governo federal, advindo de um golpe parlamentar, abrirá seu saco de maldades contra os avanços sociais e econômicos vivenciados pelo país nos últimos treze anos.
Fonte pagina20.net