O senador Jorge Viana representou o Senado Federal na 11ª Sessão do Fórum sobre Florestas da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado nesta semana em Nova York. Ele, que foi relator do novo Código Florestal Brasileiro e da Lei de Acesso à Biodiversidade, disse estar feliz em ver o Brasil voltando a ser protagonista na temática florestal no mundo.
Jorge Viana, que chegou ao encontro na quinta-feira e retorna a Brasília neste sábado, defendeu a resolução assinada por representantes de diferentes países que participaram do encontro e que define uma nova Agenda Internacional sobre Florestas. O documento vai guiar as ações da comunidade internacional sobre gestão e desenvolvimento de florestas para os próximos 15 anos.
“Este documento é da maior importância nesses tempos de mudança climática. O Código Florestal, que faz três anos que nós aprovamos, a sua aplicação está fazendo com que o Brasil cumpra antecipadamente a meta voluntária apresentada de redução das emissões, dando uma grande contribuição para que a gente não tenha uma mudança drástica, no clima, na temperatura, do planeta”, avaliou o senador durante entrevista concedida à rádio ONU.
Jorge Viana destacou o papel de lideranças brasileiras nas negociações internacionais. Segundo ele, o encontro da ONU contou com o protagonismo brasileiro de Manuel Sobral, ex-diretor da ITTO, que ocupa cargo no Secretariado da ONU; Raimundo Deusdará, diretor do Serviço Florestal Brasileiro; e a equipe do Itamaraty representada pelo embaixador na ONU Antônio Patriota e o ministro Sérgio Rodrigues dos Santos.
O senador ainda mencionou a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP 21, marcada para dezembro, em Paris. “O Brasil está sendo determinante na elaboração de um acordo. Acho que o entendimento ocorrido entre Estados Unidos e China vai ajudar bastante. E não tenho dúvida que é a grande oportunidade que o mundo tem de ter um documento que possa suceder Kioto. Que bom que isso está ocorrendo também com um certo protagonismo do Brasil, que o Brasil chega com autoridade, tanto no congresso de florestas, em outubro, em Durban, como também na COP de Paris”, avaliou.