O Brasil tem a quarta maior produção de energia renovável do mundo e a quarta maior participação de fontes renováveis em sua matriz energética, segundo o Ministério de Minas e Energia. A geração de energia limpa e renovável foi o foco dos debates desta quarta-feira (02) em seminário realizado pela Embaixada do Brasil na França durante programação da Conferência do Clima (COP-21), em Paris, com a participação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do senador Jorge Viana.
Hoje, a geração de energia é um dos maiores desafios da política ambiental no planeta. A população mundial aumenta e, por consequência, o consumo de energia elétrica também. Atualmente, a maior parte da matriz energética do mundo é poluente, pois emitem gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global.
No Brasil, mais de 70% da matriz energética é de fontes renováveis, como o etanol, a energia eólica e, especialmente, as hidrelétricas. No seminário coordenado pelo embaixador Paulo Campos, com a presença de ONGs e entidades internacionais, o senador Jorge Viana defendeu que o Brasil precisa explorar melhor a geração de energia de biomassa a partir do uso de resíduos florestais. “Enquanto florestas não virarem ativo econômico importante, vai ter sempre alguém querendo destruí-la para usar o solo”, defendeu o parlamentar.
A programação na embaixada brasileira seguiu com um debate sobre agricultura de baixo carbono e nesta quinta-feira está previsto um encontro dos parlamentares brasileiros com um grupo de parlamentares franceses para fortalecer e estreitar a relação entre os dois países. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) será o coordenador da bancada brasileira no encontro. “Conversei com ele e vamos procurar colaborar para que no parlamento a gente fortaleça a relação entre França e Brasil”, declarou Viana.
Expectativas são positivas pelo resultado da COP
Jorge Viana ressalta a importante inversão de pautas desta edição da Conferência do Clima. Dessa vez, os chefes de estado se reuniram no início do encontro e não ao final, como vinha acontecendo nos anos anteriores. “Diferente de antes, quando eles chegavam ao final do encontro para tentar um acordo, agora eles estiveram na abertura da programação e já deixaram as diretrizes para a negociação do novo protocolo que irá substituir Kyoto”, explicou o parlamentar.
De acordo com Jorge Viana, a posição brasileira tem sido muito elogiada pelos participantes da conferência. “Apesar das cobranças das entidades não-governamentais por causa do aumento do desmatamento em Rondônia, Mato Grosso e Pará. Vale ressaltar que no ano passado o Acre registrou um acréscimo do desmatamento, mas graças a um esforço do governo do Acre, com o secretário de Meio Ambiente, Edgard de Deus, e toda equipe, neste ano tivemos uma redução importante neste índice, que foi inclusive elogiada pela ministra Izabella”, destacou Viana.
A expectativa é de que na próxima segunda-feira (07), os governadores Tião Viana (Acre) e Pedro Taques (Mato Grosso) assinem um acordo de cooperação com o Ministério do Meio Ambiente para zerar o desmatamento ilegal nos dois estados.
Por Assessoria