Por Carlos Alexandre
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre(Idaf) finaliza o ano de 2023 com um saldo otimista para o futuro, com o pleno funcionamento de suas ações voltadas para a segurança da produção animal e vegetal do estado.
Frente às conquistas alcançadas em sua gestão, Francisco Thum, presidente do órgão, agradece o empenho do governador do Acre: “O governo Gladson Cameli está oportunizando o crescimento do agronegócio no Acre, com diversas instituições voltadas para potencializar as produções locais. Estando próximo aos produtores e visitando os demais municípios, conseguimos visualizar essa expansão de maneira acelerada. Como gestor, me felicita muito ver essa força de trabalho se traduzindo em melhorias para a população”.
Fortalecimento e reestruturação
Em maio, o governador Cameli empossou 432 novos servidores, com a força de trabalho estatal reforçando a máquina pública e promovendo a valorização do serviço público. Na ocasião, 40 pessoas foram designadas para atuar no Idaf. A medida reforça o compromisso do governador de fortalecer as equipes dedicadas à preservação do patrimônio agropecuário e dos recursos florestais do Acre.
Foram empossados técnicos em defesa agropecuária e florestal e auditores fiscais estaduais agropecuários, que atuarão em localidades como Rio Branco, Bujari, Epitaciolândia, Sena Madureira e Xapuri.
Para gerar melhorias na prestação do serviço público e dar seguimento ao planejamento do governo do Acre no reforço, reestruturação e apoio às autarquias e secretarias, durante 2023 foram realizadas reformas nas unidades do Idaf de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Plácido de Castro, com a modernização das unidades, ampliação, compra de materiais, reforço de frotas e contratação de novos servidores.
Livre de aftosa
Por mais um ano, o instituto também se destaca por manter o Acre como uma zona livre de febre aftosa sem vacinação, uma prevenção alcançada apenas com a consciência dos agropecuaristas e a presença do Idaf em escritórios locais, presentes em todos os municípios, graças ao empenho de veterinários e técnicos treinados e munidos de equipamentos específicos voltados para esse cuidado.
A febre aftosa é uma doença que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos, causando prejuízos diretos e indiretos ocasionados pela doença, bem como as limitações à comercialização de produtos pecuários, exigindo dos produtores rurais e das autoridades sanitárias um constante esforço para prevenir a doença e proporcionar condições para sua erradicação.
Em maio de 2021, o Acre foi certificado como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação com Reconhecimento Internacional, chancelado pela Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa). E, desde novembro de 2019, a aplicação da vacina contra a doença deixou de ser obrigatória, após uma série de medidas adotadas pelo Estado em parceria com o governo federal.
A certificação provê segurança e destaque para o Acre, validando-o como polo de exportação para mercados nacionais e internacionais, importantes para os produtos de origem bovina, com a comercialização e exportação de maneira plena, fortalecendo o agronegócio e contribuindo para o desenvolvimento econômico.
O Acre é um dos seis estados brasileiros reconhecidos internacionalmente como áreas livres de febre aftosa sem vacinação, além do Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, partes do Amazonas e do Mato Grosso.
Produção regional adequada
Um acontecimento definido como marcante para o Idaf, segundo seu presidente, foi a criação do selo D’Colônia e o sancionamento de normas sanitárias para a inspeção, fiscalização e diretrizes relacionadas à produção e comercialização de produtos e subprodutos de origem animal, elaborados de forma artesanal, provenientes de produtores rurais, cooperativas e estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte do estado.
O decreto estadual foi legalizado pelo governador Gladson Cameli em agosto, na busca de valorizar produtos elaborados de forma artesanal e tradicional, podendo ter identidade cultural ou regional e produzidos em pequena escala, como leite, pescados, ovos e mel.
“Procuramos sempre facilitar, regularizar e dar autonomia ao pequeno produtor. O Selo D’Colônia vem para cadastrar e simplificar processos necessários para uma comercialização adequada, permitindo que produtos artesanais sejam inseridos no mercado e transitem com seus produtos de forma organizada”, assegura Thum.
Controle de qualidade
Levando em conta que a pecuária é um dos maiores setores econômicos do estado, com mais de cinco milhões de cabeças de gado, há que se destacar o trabalho contínuo de controle e fiscalização de todo o setor agropecuário acreano. A autarquia estadual é uma ferramenta parceira dos produtores, apoiando os agricultores e criadores de gado a realizarem um trabalho adequado.
O coordenador de Educação em Saúde Animal do Idaf, Everton Arruda, reafirma a atuação do Instituto com seu público de interesse: “Buscamos ser parceiros dos produtores rurais, sempre presentes, realizando visitas às propriedades, tirando dúvidas e educando sobre os cuidados necessários com os animais, para que tenham uma produção saudável e produtiva para o seu pleno desenvolvimento”.
Para Everton, as missões internacionais realizadas ao longo do ano foram destaques da atuação do Idaf em 2023. Na ocasião, equipes do Ministério da Agricultura da República Dominicana e das Filipinas visitaram a sede do órgão para conhecer as ações desenvolvidas e inspecionar o manejo do produto e do controle de fiscalização, para uma possível habilitação da carne bovina do Brasil.
“Esse é um indicativo de que estamos nos destacando e realizando um trabalho de qualidade, servindo de exemplo para que outros estados e países acompanhem as normas necessárias e mostrando o Acre como um local produtivo no setor rural”, aponta o coordenador.
Aperfeiçoamento
O Idaf se preocupa em capacitar e atualizar seus servidores ao longo do ano, na busca de uma atuação mais eficaz e proporcionando um trabalho de qualidade para a sociedade.
Buscando promover a defesa agropecuária e florestal, o instituto apresenta medidas emergenciais e caravanas educativas para combater diversas pragas da região, como a do mandarová (Erinnyis ello) e a monilíase. Tais ações se dão por meio de capacitações voltadas para profissionais e líderes de diferentes instituições, para atuar como multiplicadores e repassar à comunidade as medidas de prevenção contra as pragas.
Assim o órgão atua no o combate contra a monilíase, com o controle e cuidados, sempre disponibilizando equipes em áreas de foco, com ações de educação sanitária vegetal, prospecções nas propriedades, barreiras fitossanitárias fixas e móveis.
A coordenadora de Educação Sanitária Vegetal do Idaf, Sandra Teixeira, alerta: “A monilíase é uma doença severa, que ataca frutos de cacau e cupuaçu em qualquer fase de desenvolvimento. Devemos ficar vigilantes quanto a essa e demais pragas que podem alcançar as produções. Em caso de suspeitas, evitar tocar no fruto, isolar a área e notificar as equipes do Idaf”.
Presença na Expoacre
Neste ano, o Idaf marcou presença na maior feira de agronegócio e entretenimento do estado, a Expoacre, realizada em Rio Branco, promovendo ações de conscientização e aprendizado. Uma das ações foi promovida para jovens alunos do ensino fundamental II, da Escola Estadual Rural Jorge Kalume, com uma visita técnica que destacou os programas desenvolvidos na área fitossanitária e animal, abordando temas como a monilíase, a brucelose e a aftosa.
Cursos de multiplicação, dias de campo, ciclos de palestras e campanhas também foram ações realizadas, abordando o combate à monilíase, brucelose bovina, uso de agrotóxicos e outras temáticas.
O encerramento deste ciclo anual para o Idaf representa um marco de conquistas e avanços significativos, destacando o seu compromisso com a segurança e qualidade na produção animal e vegetal, impulsionado pelo suporte do governo estadual e pela colaboração de uma equipe dedicada e em constante aprimoramento. As ações desenvolvidas reforçam não apenas a posição do estado no mercado nacional e internacional, mas também o respaldo e a confiança no potencial agropecuário regional.
Fonte agencia.ac.gov.br