Por Miguel França
Equipes do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC) e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) trabalham em conjunto nesta semana nos municípios de Feijó e nas regiões do Juruá e Tarauacá/Envira, dando continuidade à operação Sine Ignis (Sem Fogo). As instituições de fiscalização e segurança ambiental no Acre estão intensificando suas operações nessas regiões mais afetadas pelos crimes ambientais.
Desde o início do ano, foram lavrados autos de infração que somam valor superior a R$ 15 milhões e cerca de 2 mil hectares de áreas foram embargadas. Para conter o avanço das queimadas, o governo estadual adotou uma série de medidas emergenciais. Entre as ações, destaca-se a suspensão, por meio da Portaria nº 280 do Imac, das autorizações para queima controlada até 31 de dezembro. A decisão visa mitigar o impacto da degradação florestal no estado, especialmente frente ao aumento dos incêndios ilegais.
O presidente do Imac, André Hassem, afirma que o objetivo das ações é dar cumprimento à legislação ambiental, com o apoio das outras instituições. “Nosso papel é fiscalizar, orientar por meio da educação ambiental e realizar um bom trabalho nesse sentido. Iniciamos com ações educativas, mas diante dos crimes ambientais que estão sendo cometidos, estamos aplicando sanções e embargando áreas onde essas infrações ocorrem”, afirma.
“Além de conscientizar, também estamos multando de acordo com o que a legislação prevê, atendendo à demanda da população, especialmente nesse cenário de crise ambiental que afeta o país e, em particular, o nosso estado. Estamos atuando fortemente nas áreas mais atingidas, em parceria com outros órgãos de fiscalização, e pedimos o apoio da população para que se conscientize e nos ajude no combate aos crimes ambientais”, concluiu o presidente.
Uma das ferramentas utilizadas na identificação das áreas afetadas é a plataforma Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), que permite monitoramento dos focos de queimada via satélite. A partir das coordenadas registradas na plataforma, equipes de técnicos e da Segurança Pública conseguem localizar as áreas de desmatamento com precisão, permitindo uma resposta mais rápida e eficiente no combate aos crimes ambientais.
O trabalho integrado das instituições reforça o compromisso do governo do Acre com a preservação ambiental, em um momento de extrema vulnerabilidade para os biomas locais.
Fonte agencia.ac.gov.br