Cruzeiro do Sul, AC, 24 de novembro de 2024 19:41

Indígenas bloqueiam ramal do Barbary e cobram pedágio de moradores de Porto Walter

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Indígenas da região de Porto Walter surpreenderam os moradores ao interditarem o Ramal do Barbary, que liga a região a Cruzeiro do Sul. A estrada, aberta no ano passado, tem sido alvo de embargos por parte dos órgãos de fiscalização, mas mesmo com as proibições e sua precariedade, tem sido utilizada por moradores em motos ou quadriciclos, especialmente durante o período de estiagem.

A equipe do site jurua24horas foi procurada por moradores de Porto Walter que se depararam com o bloqueio do ramal nesta quarta-feira, 26. Os indígenas, armados com terçados e espingardas, só autorizaram a passagem mediante o pagamento de R$ 50 por motocicleta.

Um dos moradores, que preferiu não se identificar, relatou indignado a situação vivenciada: “Hoje pela manhã, enquanto nos deslocávamos para Cruzeiro do Sul pela única via de acesso, fomos surpreendidos por indígenas que derrubaram árvores no meio do ramal. Tentamos fazer um desvio, mas os indígenas, armados, derrubaram outras 5 ou 6 árvores e só nos permitiram passar mediante o pagamento de R$ 50 por cada moto.”

Segundo o relato, os indígenas cobraram um “pedágio” para permitir a passagem dos moradores pelo ramal. “Já tivemos uma audiência pública em Porto Walter, com índios e brancos, mas hoje eles estavam no ramal cobrando pedágio! Agora vamos criar uma comissão dos cidadãos que querem o desvio do ramal; mas antes, vou na polícia federal solicitar orientação, pois cobrar pedágio é crime. Só queremos ter o direito de ir e vir”, afirmou o morador.

No mês passado, durante a audiência pública, os indígenas apresentaram uma série de demandas, incluindo escola, água, sacolões, energia e uma caminhonete para que a estrada pudesse ser contruída no local.

A situação tem gerado preocupação e revolta entre os moradores da região, que agora buscam medidas legais para garantir o acesso a estrada. A comunidade espera encontrar uma solução que respeite os direitos de todos os envolvidos e que permita a livre circulação de pessoas pelo ramal.

Fonte: jurua 24 horas