No inicio da noite de terça-feira (18) um incêndio se alastrou por mais de mais de 11 hectares de pasto de uma fazenda localizada as margens da Rodovia AC-405, em Cruzeiro do Sul (AC). O corpo de bombeiros levou mais de três horas para conter as chamas. De acordo com o comandante da corporação a causa do incêndio ainda não foram identificadas, sendo necessário o pedido de um perícia no local.
A área de terra atingida pelo incêndio fica localizada ao lado do Conjunto Habitacional Novo Miritizal, e a preocupação era que as chamas atingissem o local. Diariamente pelo menos cinco ocorrências de maior gravidade, estão sendo registradas pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Publica, o CIOSP. A situação é preocupante e tem chamado a atenção das autoridades de segurança e entidades ambientais. Nos últimos dias o índice de queimadas urbanas e rurais em toda região do Vale do Juruá, vem se multiplicando.
O comandante do 4° Batalhão do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, Coronel Araújo, alertou a população sobre os riscos de atear fogo, em terrenos baldios ou até mesmo em roçados.
“A queimada empobrece o solo, danifica as nascentes que por ventura existam nesses locais, além dos pequenos animais em espécie que residem nesses lugares morrer e a recuperação é a longo prazo. As pessoas precisam se conscientizar que existem outras formas de limpeza de terrenos, e ainda existem outras formas acidentais de causar esses incêndios”
Segundo o coronel Araújo, os incêndios urbanos e florestais quase sempre começam pela ação dos moradores das regiões atingidas. Outra dificuldade enfrentada pelos bombeiros é quanto ao difícil acesso nas áreas onde acontecem focos de incêndios. O ar quente e seco também tem sido um problema.
“O acesso e o combate para esse tipo de ocorrência é sempre desgastante, pois não há muitas vezes acesso para viatura, e o trabalho se torna braçal, necessitando de uma grande quantidade de pessoas”, falou.
A incidência de queimadas propicia quase sempre o surgimento de doenças respiratórias, devido à inalação de fumaça. Até ano passado o corpo de bombeiros de Cruzeiro do Sul, contava com uma equipe da Brigada Preve Fogo, com a desativação do programa, as ações estão sendo combatidas, basicamente pelos militares.“Neste ano nós não fomos contemplados com esse programa, e o corpo de bombeiros tem que arcar 100% com esse combate. Tem outras secretarias que fazem parceria, mas em relação ao combate, só os bombeiros”, falou.