Por: Carlos Alexandre
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM), esteve no município de Sena Madureira, nesta semana, para a realização de diversas ações preventivas e educativas sobre políticas públicas e o sistema de proteção às mulheres em situação de violência.
A equipe multidisciplinar da Diretoria de Políticas para Mulheres, com a colaboração da Secretaria Municipal de Assistência Social, desenvolveu diversas atividades engajando as moradoras do município, cumprindo o convênio Acre pelo enfrentamento à violência doméstica.
A primeira delas foi uma mobilização no Instituto Federal do Acre (Ifac) do município, com entrega de panfletos informativos e conversa com os jovens acerca de violência doméstica. O trabalho de prevenção, busca instruir os estudantes quanto à temática, com informações sobre os diversos tipos de violência, os seus ciclos e relações abusivas.
O Ministério Público foi pontual quanto às ações do Estado, por meio do promotor de Justiça Thales Costa, que convidou a equipe governamental para uma visita no bairro Segundo Distrito, onde há grandes índices de violência contra mulheres.
Isabela Fernandes, chefe do Departamento de Promoção de Políticas para Mulheres, conta que a ação espontânea rendeu bons frutos: “Muitas mulheres não têm a possibilidade de se locomover, seja por falta de dinheiro ou seus afazeres do cotidiano, então, visitar esses bairros e conhecer a realidade das pessoas faz toda a diferença”.
Os ciclos de violência
Nas abordagens com o público, a psicóloga Maria Vidal abordou os ciclos de violência dentro de relacionamentos, que são agressões cometidas em um contexto conjugal que ocorrem dentro de um ciclo constantemente repetido. A repetição consiste em três fases:
Primeiro com a evolução da tensão, aumentando os conflitos, com sentimentos de culpa e negação. Seguidos por incidentes de agressão, num episódio de fúria e culminando na fase da lua de mel, onde os comportamentos nocivos são substituídos por ações amorosas e pedidos de perdão.
A orientação em caso de sofrer ou conhecer alguma mulher que sofre violência doméstica, é consultar o Ligue 180. O serviço gratuito recebe denúncias de violações contra as mulheres, além de fornecer informações sobre os direitos e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Fonte agencia.ac.gov.br