Começa a jornada para realizar as obras de saneamento ambiental integrado em Santa Rosa do Purus. Neste domingo, 7, uma balsa levando insumos e 12 máquinas pesadas inicia sua viagem partindo de Manoel Urbano até a fronteira acreana com o Peru pelo Rio Purus.
O governo do Estado está investindo R$ 22 milhões em obras de distribuição de água, coleta e tratamento do esgoto, pavimentação, drenagem, coleta e destinação de lixo no município. As obras são gerenciadas pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) e Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan).
Santa Rosa se torna o quarto município de difícil acesso do estado a fazer parte do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser). Um investimento viabilizado pelo governo junto ao Banco Mundial, para garantir dignidade e saúde às populações mais longínquas do Acre.
“A logística para garantir a obra é desafiadora. Levamos dois anos de tentativas para garantir a contratação de empresa capaz de realizá-la. Estamos deslocando equipamentos pesados, que rodaram pela BR-364, de Cruzeiro do Sul à ponte sobre o Rio Purus, em Manoel Urbano. De lá embarcando e viajando cerca de oito dias até Santa Rosa. Portanto, uma epopeia para garantir saneamento nas cabeceiras dos rios”, detalha Edvaldo Magalhães, diretor-presidente do Depasa.
As obras de saneamento levam um grande impacto na saúde e dignidade dos moradores. Será feita a ampliação da rede de água, construção de uma nova estação de tratamento e nova estrutura de captação. Isso garantirá produção suficiente para abastecer diariamente toda a cidade.
A outra etapa de qualidades será a implantação da rede coletora de esgoto em toda Santa Rosa, junto da construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), responsáveis pela destinação correta do resíduo sanitário na zona urbana do município. Além disso, serão pavimentados cinco quilômetros de ruas, garantindo que a cidade tenha acessos e vias com calçadas.
As obras do programa abrangem Santa Rosa do Purus, Marechal Thaumaturgo, Jordão e Porto Walter. Os quatro municípios com maiores dificuldades de acesso, sem ligação por terra, recebem um investimento de R$ 100 milhões somente no saneamento ambiental integrado. Um novo conceito de cidade amazônica isolada está nascendo nestes municípios, cuidando do povo e das cabeceiras dos rios mais importantes do Acre.
Por Arison Jardim
Fonte agencia.ac.gov.br