Por Maria Luiza
O Governo do Acre decretou situação de emergência em todo o estado devido à seca extrema que está afetando gravemente o fornecimento de água e comprometendo diversas atividades econômicas e sociais. A situação é particularmente crítica em Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, onde a falta de navegabilidade dos rios está dificultando a chegada de mercadorias e alimentos, gerando grande preocupação entre a população.
A principal preocupação é a escassez de chuvas, que aumenta o risco de isolamento de municípios e aldeias indígenas devido à impossibilidade de navegação nos rios, principal meio de transporte para as comunidades do interior. O decreto, publicado no Diário Oficial do Estado, destaca que a seca está causando problemas significativos no abastecimento de água, elevando o custo de alimentos e outros insumos, e colocando em risco o fornecimento de medicamentos e itens de saúde em hospitais e postos médicos dos municípios afetados.
A previsão é de que a seca persista até novembro, com baixos índices de precipitação, altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e ventos fortes. Além de reconhecer a gravidade da situação, o decreto enfatiza a necessidade de adotar medidas de prevenção e preparação para desastres.
A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil será responsável por coordenar ações de socorro às comunidades isoladas e fornecer assistência aos municípios afetados.
A estiagem severa fez o nível do Rio Acre em Rio Branco cair para abaixo de 1,50 metros, próximo ao recorde histórico de 1,25 metros registrado em setembro de 2022. Entre maio e junho, a seca se intensificou em oito estados, incluindo o Acre, que enfrenta seca em 100% de seu território por dois meses consecutivos.