Por Gabriel Freire
Com trabalhos no projeto de implantação do Anel Viário de Rio Branco/Arco Metropolitano, o governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), e o Núcleo de Meio Ambiente da Autarquia têm avançado, por exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta terça-feira, 14, no levantamento de possíveis impactos ao patrimônio cultural da região e de informações para garantir o licenciamento ambiental da obra junto ao Instituto de Meio Ambiente do Acre.
“Sigo cumprindo determinação do governador Gladson Cameli de trabalhar pelo bem da nossa população e aqui ressalto o compromisso de melhorar a mobilidade urbana de Rio Branco. Temos uma equipe empenhada trabalhando para que essa grande obra, que deve melhorar o tráfego na capital, seja iniciada”, afirmou a presidente do Deracre, Sula Ximenes.
Meio Ambiente
Em setembro de 2023, os trabalhos foram iniciados pelo Núcleo de Meio Ambiente do Deracre, coordenados pela arqueóloga Franciele Silva e acompanhada da chefe Leidiane Silva Pereira. Foram executadas atividades de prospecção arqueológica, educação patrimonial, visitas técnicas e mapeamento de sítios arqueológicos do tipo geoglifo.
De acordo com Franciele Silva, a atividade de prospecção arqueológica teve por finalidade verificar a possível existência de vestígios arqueológicos. Além disso, frisa que na atividade de educação patrimonial foi falado da importância da preservação do patrimônio cultural no Acre aos moradores diretamente impactados pela obra e mapeamento de sítios arqueológicos do tipo “geoglifo”.
“É de grande relevância no Acre, pois a gestão do patrimônio é muito importante e temos exemplos da gestão do patrimônio, como exemplo os geoglifos existentes na área de influência indireta da obra”, afirmou a arqueóloga.
A chefe do Núcleo de Meio Ambiente do Deracre, Leidiane Silva Pereira, destacou que todas as atividades desenvolvidas demonstram o compromisso do Deracre com a preservação e manutenção do patrimônio cultural do Acre.
“Com essa pesquisa constatamos que a obra do Anel Viário de Rio Branco/Arco Metropolitano não irá causar danos significativos tanto ao patrimônio arqueológico como histórico”, disse.
Investimentos
A obra conta com emenda parlamentar do senador Márcio Bittar, no valor de R$ 38 milhões. O projeto prevê a implantação em quatro trechos e contempla a construção da 6ª Ponte sobre o Rio Acre de 360 metros, totalizando 5 lotes de obras distribuídos em 16,91 km de extensão, sendo financiados pelo Banco Fonplata, e mais 10,87 km de extensão pela Caixa Econômica Federal.
“Estamos com projeto executivo concluído e com a assinatura da operação de crédito pelo governo do Acre de mais de 40 milhões de dólares. O Deracre inicia em seguida o processo licitatório de concorrência internacional”, afirmou a presidente do Deracre.
O primeiro, de 6,7 km de extensão, compreende da rodovia BR-364 até a 6ª Ponte sobre o Rio Acre; o segundo, de 6,27 km, da 6ª Ponte sobre o Rio Acre à estrada do Quixadá; em 4,14 km, o terceiro, da estrada do Quixadá até a rodovia AC-10; e o quarto, de 10,87 km, da rodovia AC-10 até o Ramal do Romão, na BR-364.
Fonplata
Em operação desde 1977, o Fonplata é um banco de desenvolvimento formado pela Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai e seu principal objetivo é apoiar a integração dos países-membros, mediante operações de crédito e recursos não reembolsáveis do setor público.