O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, realiza uma inspeção minuciosa nas obras contratadas pela administração estadual no Vale do Juruá, depois de indícios de que os repasses para empresas contratadas estão sendo feitos sem que se tenha uma contrapartida das empreiteiras com os serviços.
A construtora responsável pelo empreendimento é a Retro Construções Comércio LTDA, que executou 26,39% da obra até o momento. A empresa foi notificada por estar parada há mais ou menos 30 dias, sem solicitação de termo.
Engenheiro civil de formação, Cameli esteve nesta sexta-feira, 28, no município de Mâncio Lima, para verificar in loco por quais circunstâncias as obras de ampliação do Hospital Dr. Abel Filho estão paradas.
A empresa vencedora da licitação, em abril de 2018, teria problemas de documentação e parou as obras na oitava medição depois que o governo foi obrigado a deixar de pagar, justamente por irregularidades detectadas nos papéis da própria construtora.
As obras são referentes a dois blocos de enfermarias, que ampliaria o número de leitos no município, segundo informou Michelle de Araújo Miranda, diretora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, da Secretaria de Estado da Saúde do Acre.
O governador pediu providências para que os serviços sejam retomados imediatamente e uma reunião está marcada com o representante da empresa e os técnicos da Saúde estadual, para resolver o impasse.
“Não podemos deixar a população esperando”, afirmou Gladson Cameli, ao fazer uma visita ao hospital. Na ocasião, ele conversou com os servidores sobre o que sua administração está fazendo para sanar as deficiências da pasta.
Já neste sábado, o governador esteve no 6º Batalhão da Polícia Militar de Cruzeiros do Sul, acompanhado do comandante-geral da PM em Cruzeiro, major Evandro Bezerra da Silva.
Numa parceria público-privada, o quartel do 6º BPM ganhou pintura nova e reparos no piso e no teto.
Em Cruzeiro do Sul, o comércio colabora com o trabalho da Polícia Militar com doações de material de construção e de pintura, sempre que a corporação necessita reformar seus batalhões. Este é, segundo o entendimento dos empresários, uma forma de colaborar com o poder púbico, incentivando o trabalho de patrulhamento ostensivo.
Por: Resley Saab
