Cruzeiro do Sul, AC, 27 de novembro de 2024 21:44

Governador decreta Farinha de Cruzeiro patrimônio cultural dos acreanos

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O governador Gladson Cameli assinou neste sábado, 28, decreto de salvaguarda da tradicional ‘Farinha de Cruzeiro do Sul’ durante as celebrações dos 115 anos de aniversário de fundação do município.

Foto: Assessoria

“Estava na hora de valorizarmos esse bem tão importante para a nossa população do Juruá e para todos os acreanos”, ressaltou Cameli, logo após a assinatura do documento com o prefeito Ilderlei Cordeiro.

Foto: Assessoria

Pelo decreto, o produto se torna a partir de agora, patrimônio cultural do Estado do Acre. “Ela é agora um bem cultural com uma identidade de pertencimento para a região”, explica Codolino Mota, coordenador da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour em Cruzeiro do Sul (FEM).

Em outras palavras, o decreto garante a vigência do bem cultural da comunidade em que o produto é feito, com origem e a identidade cultural para a memória de seu povo.

A iniciativa é do Governo do Estado do Acre, por meio da Divisão de Patrimônio Histórico e Cultural da FEM e do gabinete da primeira-dama Ana Paula Cameli. A parceria é com o Sebrae e a Embrapa.

O decreto tem como base o Inventário Histórico e Cultural do modo de fazer a Farinha do Cruzeiro do Sul e nos municípios da região.

Foram utilizados diversos meios para a consolidação da pesquisa, como a realização de entrevistas históricas, além de levantamentos bibliográficos, audiovisuais e a coleta de depoimentos orais, visando a identificar e organizar informações sobre o modo de fazer desse bem cultural, a farinha e seus derivados.

Veriificou-se, inclusive, diferenças de fabricação entre as comunidades pesquisadas.

De acordo com a gestora de políticas públicas do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural do Acre, Irineida Nobre, a pesquisa foi essencial.

“É bom observar que as visitas a campo tiveram importância crucial já que vieram a determinar os procedimentos e o direcionamento do levantamento preliminar e, consequentemente, os resultados alcançados”, disse.

No Acre, a farinha de mandioca é processada de forma artesanal em pequenas unidades, que utilizam matéria-prima e mão de obra provenientes da agricultura familiar.

Somente produtos exaustivamente pesquisados, consolidados em sua localização geográfica como peculiares e de extrema qualidade conseguem obter o certificado de Identidade Geográfica, o IG.

Por: Resley Saab