Por Janine Brasil
Representantes de secretarias e órgãos que compõem o Gabinete de Crise, Seca e Estiagem 2024 do governo do Acre se reuniram, na manhã desta quinta-feira, 1°, para deliberar ações prioritárias no enfrentamento ao período de seca extrema.
Fazem parte dos Eixos: ações gerais, Casa Civil e Defesa Civil Estadual.
Eixo de Comando e Controle: Casa Civil, Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Corpo de Bombeiros (СВМАС), Polícia Militar (РМАС), Batalhão Ambiental (BPA), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Іmac), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), CEPDEC, Ibama, ICMBIO, Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Secretaria dos Povos Indígenas (Sepi) e outros.
Na oportunidade, cada representante, dentro dos diversos eixos de atuação, entre eles meio ambiente, produção, sistema hídrico, segurança pública, entre outros, fizeram uma breve apresentação, mostrando seus planos de ação. Os representantes mostraram, ainda, o cronograma das ações futuras, visando mitigar os riscos e efeitos ocasionados pela estiagem severa.
O coordenador da Defesa Civil Estadual, que presidiu a reunião e é o responsável junto à Casa Civil por gerenciar o comitê, coronel Carlos Batista, reforçou a importância da atuação conjunta junto aos órgãos neste momento delicado que o estado vive.
“O gabinete é uma importante união de esforços para que possamos enfrentar este período de estiagem. A Defesa Civil e todos os demais órgãos estão engajados e alinhados para atuar nesse enfrentamento. Temos ações e áreas prioritárias, mas as ações ocorrem em todo o estado”, disse.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Charles Santos, falou do enfrentamento da corporação na capital e no interior.
“Estamos com um trabalho intensificador. Sabemos que na segunda quinzena de agosto vamos precisar reforçar ainda mais. Precisaremos que todos os órgãos usem o efetivo. Estamos com todo o nosso poder operacional com força total, mas, a partir de sábado, 3, reforçaremos ainda mais, com mais 40 homens”, afirmou.
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explicou que desde o ano passado o estado vivencia dois eventos climáticos intensos, a cheia e a seca. Por isso, se faz necessário que as secretarias e órgãos se unam para uma atuação conjunta no enfrentamento a esses períodos. A gestora reforçou, ainda, que a Sema, por meio do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), atua gerando boletins do nível dos rios, qualidade do ar e outros, que subsidiam nas tomadas de decisões do governo.
“Sabemos que de agosto a outubro estaremos em situação crítica quanto à seca e precisamos da sensibilização de todos para o dessa situação. Estamos tendo impactos sociais, ambientais e econômicos. Estarmos reunidos aqui para consolidar dados de cada eixo de atuação para trabalharmos juntos é fundamental para a eficiência das políticas públicas no enfrentamento desses eventos extremos”, falou.
Milena Lopes, da Sesacre/CIEVS Regional Fronteira Cruzeiro do Sul, representou a Sesacre e falou dos problemas ocasionados pelo período de estiagem.
“O PS [Pronto-Socorro] da capital é o nosso ponto focal e lá identificamos aumento significativo na busca por atendimentos de doenças respiratórias. Da mesma forma ocorre nas UPAs. Isso fez com que a Sesacre decretasse Situação de Emergência por Síndromes Respiratórias. Temos também as doenças diarreicas e, por isso, todo o Sistema de Saúde está em atenção para que as pessoas possam ser atendidas e priorizadas”, destacou.
Falaram também na reunião o presidente do IMC, representando a gestora da Sepi, Francisca Arara; o presidente do Saneacre, José Bestene, que falou sobre o abastecimento de água; Seagri, Cláudio Malveira, diretor de Agronegócios, que abordou a questão da produção agrícola, a qual também está afetada devido à estiagem; o titular da Seict, Assurbanipal Mesquita, e outros.
As reuniões ocorrem semanalmente e os órgãos e secretarias elencam ações e tomadas de decisões conjuntas para atuar no enfrentamento do período de estiagem.