Economicamente, a Expoacre Juruá 2016 superou as expectativas mais otimistas. Todo mundo que participou se deu bem: desde os grandes, como os bancos, as concessionárias de veículos e o setor industrial e do agronegócio, até as cooperativas e os pequenos dos setores de alimentação e artesanato.
Em 2015, o faturamento global da Expoacre foi de R$ 2,5 milhões e imaginava-se que, devido ao ambiente de crise, este ano o valor não ultrapassaria os R$ 2 milhões. No entanto, a surpresa: a geração de negócios superou R$ 15 milhões, computando-se aí as operações financeiras, as vendas de carros e motos, da indústria e dos segmentos menores.
Os microempreendedores individuais também não têm do que reclamar: a vendedora ambulante de vip (sacolé), iogurte e creme de frutas, Maria da Conceição França, nos dois últimos dias da exposição vendeu 500 unidades de seus produtos.
No total, foram mais de 400 empreendedores e o setor industrial de Cruzeiro do Sul esteve muito bem representado com o polo moveleiro, cerâmica, velas, torrefação de café, argamassa, refrigerantes, bajolas, metalúrgica e palhetas.
A praça de alimentação teve 21 restaurantes e 48 barracas de alimentação, além de duas praças de brinquedos, uma praça de artesanato só com artesãos de Cruzeiro do Sul, que faturaram mais de R$ 500 mil.
Desta vez, a participação de Cruzeiro do Sul foi muito maior. Houve apenas uma concessionária de fora e uma empresa de Rio Branco. O gerente do Sebrae em Cruzeiro do Sul, Manoel Orleilson Silva, comenta que a exposição foi excelente para o aquecimento da economia de Cruzeiro do Sul e da regional do Juruá, considerando-se que parte significativa dos recursos movimentados ficam no município.
Público e segurança
O público presente nas quatro noites, 70 mil, também superou a presença na exposição do ano passado e, mesmo com público maior e em local aberto, a tranquilidade e segurança imperaram, sem ocorrência de vulto, apenas notificações corriqueiras.
A gerente da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN), Marisa Diniz, comemora o sucesso do público atendido pela secretaria: foram 74 microempreendedores com participação maciça no setor de alimentação e artesanato.
Ela ainda destacou a presença da Cooperativa Verde Moda, que apresentou peças da coleção de roupa “moda ecológica” e trabalhos das mulheres em situação de risco atendidas pela Fundação Betel, além da Floricruzeiro, cooperativa que agrega mulheres cultivadoras de flores e que cada vez mais vem ampliando sua participação em exposições.
Por Flaviano Schneider
