Por Eliel Mesquita
A floresta amazônica é sinônimo de riqueza. Sua imensidão não se resume à fauna e flora, mas também à oferta de conhecimento e soluções viáveis para a cura de enfermidades que assolam a humanidade.
Na Expoacre Juruá, o mundo conhece produtos com fins medicinais oriundos da maior floresta tropical do planeta, e toma consciência de que é possível viver e sobreviver de forma harmoniosa com a natureza.
Óleos essenciais do Juruá
De árvores que compõem a imensidão verde da Amazônia são extraídas resinas utilizadas na produção de óleos essenciais. Segundo a ciência, essas substâncias atuam na regeneração do corpo humano, por meio de ação oxidante, antidepressiva, anti-inflamatória e repelente, entre outros benefícios.
Apesar do desconhecimento da população do Juruá, a prática milenar existe na região e seus benefícios vão além da medicina. A produção dos óleos essenciais gera renda e abona sustento a dezenas de famílias.
“Nosso intuito principal é fazer o uso de recursos naturais, preservando a natureza. Trabalhamos a consciência do cuidado com o meio ambiente dentro das comunidades onde existem essas árvores, a fim de que o desmatamento seja evitado”, relata o químico, Alceu Daniel Costa.
A feira agropecuária tem ajudado na divulgação dos produtos. “Temos contato com as pessoas, explicando a nossa atividade e esclarecendo para que servem os óleos. Também é uma oportunidade do usuário de adquirir um produto local com menores custos”, explica Alceu.
Sabonete artesanal do Juruá
Sabonetes de cravo e canela, alecrim, açafrão, esfoliante de café, camomila e erva doce. As plantas e ervas que dão nomes aos cosméticos expostos na Expoacre Juruá por Maria Rabelo Ferreira são bem conhecidas dos povos da floresta.
O negócio gera retorno financeiro e ensina para dona Rabelo que a boa relação com a natureza ajuda o homem a viver mais e melhor. “Na natureza eu vivo e dela me sustento”, refletiu.
A maior feira de exposições da região é vista pela empreendedora como uma oportunidade para as pessoas que usam a destreza das mãos para produzir. “Chama atenção para os produtos confeccionados na região e valoriza o nosso potencial”, enfatiza.